Névoa dificulta viagem dos motoristas

A Artesp (Agência Reguladora do Transporte no Estado de São Paulo) identificou 300 pontos críticos das rodovias paulistas, onde é maior a ocorrência de névoa neste período do ano e mais de 10% deles estão em trechos de estradas que cortam a Região Metropolitana de Campinas (RMC). O fenômeno — que se torna mais comum agora no Inverno e vai exigir atenção redobrada do motorista — aparece em pelo menos 37 pontos de estradas em cidades da região. A agência alerta, por exemplo, para pontos críticos nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes, Santos Dumont, na Francisco Aguirre (Campinas-Hortolândia), na Campinas-Monte Mor (SP 101) ou na D. Pedro I. A menor visibilidade causada pela neblina aumenta a probabilidade de colisões traseiras, choques com obstáculos fora da pista (como muretas de proteção, postes de sinalização etc). Podem ocorrer, inclusive, engarrafamentos, já que o motorista só percebe o acidente à frente quando está muito próximo. Na semana passada, por exemplo, no km 52 da Bandeirantes, considerado um dos pontos de maior incidência de cerração, cinco carros e dois caminhões bateram. O engavetamento deixou duas pessoas feridas, uma em estado grave. O acidente causou grande congestionamento. Em setembro passado, cinco engavetamentos fecharam a Rodovia Anchieta e a causa principal foi o nevoeiro, segundo a Policia Rodoviária. No Sistema Anchieta-Imigrantes, onde a ocorrência desse fenômeno atmosférico é mais frequente, principalmente na região de serra, a concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária chegam a realizar a chamada “Operação Comboio”, ação na qual os carros que seguem no sentido litoral são represados nas praças de pedágio (km 31 da Anchieta e km 32 da Imigrantes). Isso acontece sempre que a visibilidade dos motoristas fica abaixo de 100 metros. Nessas situações de emergência, os veículos só podem trafegar escoltados por viaturas da Polícia Rodoviária e da concessionária a uma velocidade máxima de 40 km/h como medida de segurança. A malha rodoviária em São Paulo sob concessão chega 8,4 mil quilômetros e, segundo a Artesp, em muitos trechos as empresas concessionárias estão adotando medidas de prevenção, que vão desde a revitalização das sinalizações — placas e painéis informativos e pintura de solo — até a emissão de alertas eletrônicos. Em casos críticos, há até mesmo suspensão de obras. A Artesp alerta, porém, que o condutor do veículo também tem sua parte de responsabilidade para reduzir os riscos, como estar atento à sinalização, reduzir a velocidade ao perceber que a visibilidade está prejudicada e, jamais, usar o celular ao volante. Segundo a agência reguladora, a malha concessionada de São Paulo dispõe de 164 postos de auxílio ao usuário que operam 24 horas por dia, todos os dias do ano, e têm o objetivo de ajudar motoristas em emergências médicas ou mecânicas, além de oferecer pontos de parada para descanso. Pontos críticos de neblina nas principais rodovias que cortam a região SP-063 - Rodovia Romildo Prado — km 0 ao km 15 - Louveira/Itatiba SP-075 - Rod. Deputado Archimedes Lammoglia/Rod. Prefeito Hélio Steffen/Rod. Engenheiro Ermenio de Oliveira Penteado/Rod. Santos Dumont — km 17 ao km 18 - Itu — km 23 ao km 24 - Itu — km 34 ao km 36 - Salto — km 48 ao km 51 - Indaiatuba — km 57 ao km 61 - Indaiatuba — km 64 ao km 66 - Campinas — km 72 ao km 74 - Campinas SP-101 - Jornalista Francisco Aguirre Proença/ Bento Antonio de Moraes — km 2 ao km 8 - Campinas/Hortolândia — km 18 ao km 19 - Monte Mor — km 48 ao km 71,25 - Capivari /Rafard / Tietê SPA-032 /101 - km 2 ao 3 - Monte Mor SP-147 - Rod. Monsenhor Clodoaldo de Paiva/Rod. Engenheiro João Tosello/Rod. Deputado Laércio Corte — km 50,49 ao km 52,55 - Mogi Mirim — km 54,97 ao km 56,05 - Mogi Mirim — km 68,09 ao km 68,59 - Mogi Mirim — km 69,93 ao km 70,43 - Mogi Mirim — km 79,39 ao km 79,89 - Engenheiro Coelho — km 86,21 ao km 86,71 - Engenheiro Coelho — km 93,63 ao km 94,13 - Limeira — km 101,41 ao km 101,91 - Limeira — km 113,37 ao km 113,87 - Limeira — km 122,5 ao km 123 - Limeira SP-191 - Rod. Wilson Finardi/Rod. Irineu Penteado — km 4,75 ao km 5,25 - Mogi Mirim — km 10,65 ao km 11,15 - Mogi Mirim SP-300 - Rod. Dom Gabriel Paulino Bueno Couto/Rod. Marechal Rondon — km 64 ao km 65 - Jundiaí — km 70 ao km 73 - Itupeva — km 83 ao km 97 - Cabreuva — km 99 ao km 103 - Itu SP-308 - Comendador Mário Dedini (Rodovia do Açúcar) — Km 102,2 ao km 116- Salto/Elias Fausto — Km 124 ao km 127- Capivari — Km130 ao km 149- Capivari/Rio das Pedras SP-330 - Rodovia Anhanguera — km 100 ao km 103 - Campinas — km 120 ao km 158 - Americana/Limeira SP-332 - Rodovia General Milton Tavares de Souza — km 130 ao km 140 - Paulínia / Cosmópolis SP-348 - Rodovia dos Bandeirantes — km 120 ao km 130 - Sumaré/Santa Bárbara D’Oeste — km 138 ao km 171 - Limeira SP-360 - Rod. João Cereser/Rod. Engenheiro Constancio Cintra — km 63 ao km 81 - Jundiaí/Itatiba Fonte: Artesp SAIBA MAIS Cuidados ao dirigir sob neblina Reduza gradualmente a velocidade ao perceber os primeiros sinais de neblina. Mantenha uma distância segura do veículo à frente. Acenda os faróis baixos - tanto de dia quanto à noite. Já o farol alto, independente do horário, dificulta a visibilidade pela grande dispersão de luz emitida sob neblina. Não pare o veículo no acostamento. Nunca pare na pista. Não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento. Use a pintura de faixa da pista como referência do caminho a seguir. Fique atento a sinais sonoros externos que possam indicar uma situação atípica à frente como buzinas, sirenes e som de colisão. Deixe a janela aberta, ainda que parcialmente, para ouvir eventuais sinais sonoros. Evite uso de aparelhos que possam dispersar a atenção, especialmente o telefone celular. Deixe o para-brisa limpo. Mantenha o vidro aberto ou ligue a ventilação dentro do carro para não embaçar os vidros. Caso julgue não ter condições de visibilidade para seguir viagem, pare somente em locais seguros como postos de abastecimento.