O bloco carnavalesco mais antigo de Campinas está comemorando o décimo aniversário de seu retorno aos desfiles, COM INÍCIO ÀS 13H
City Banda, nas ruas do Taquaral: segundo a Guarda Municipal (GM), 40 mil foliões foram se divertirr (Leandro Ferreira/AAN)
O bloco carnavalesco mais antigo de Campinas, o “Nem Sangue, Nem Areia”, que está comemorando o décimo aniversário de seu retorno aos desfiles, toma as ruas da Vila Industrial neste domingo (5). O enredo escolhido para 2018 foi “Noites Campineiras: Histórias da Boemia”, que conta um pouco da trajetória dos personagens apaixonados pela madrugada, e fala de lugares inesquecíveis da vida noturna da cidade. O samba de autoria dos músicos Edinho Silva e Fabinho Azevedo, “Boemia Campineira”, foi escolhido em evento realizado no dia 11 de janeiro, no Tonico’s Boteco, e vai embalar os foliões durante o trajeto. A festa começa às 13h, com concentração ao lado do túnel de pedestres da Vila. No local, além do desfile, quem estiver por lá vai curtir com um show da banda Saci Crioulo. O desfile será mais uma vez acompanhado pela Bateria Alcalina. Outra novidade do Carnaval 2018 do “Nem Sangue Nem Areia” é a realização de uma edição especial da Feira Curta, na concentração do desfile. Além de roupas e comidas, serão montadas barracas onde o folião poderá comprar máscaras, montar ou customizar sua fantasia. Homenagem E o bloco mais antigo da cidade ganha, neste ano, uma homenagem especial da badalada City Banda, hoje o maior bloco da cidade, que realizou, neste sábado (3), o 24º desfile de sua história. “A decisão da City Banda mostra a união dos blocos de Campinas. O Carnaval tem espaço para todo mundo. O resgate da nossa história é uma homenagem muito bonita. Nos sentimos honrados”, disse o diretor do “Nem Sangue Nem Areia”, Paulo Reda. O bloco da Vila, que desfilou entre os anos 40 e 70 nas ruas da Vila Industrial tinha em seu nome uma ironia com o megasucesso do cinema 'Sangue e Areia', estrelado pelo galã Tyrone Power. A inspiração veio tanto pela influência hollywoodiana quanto do fato de a Vila Industrial ser um bairro tomado por curtumes e matadouros. A passagem de rebanhos de gado pelas ruas do bairro era uma cena corriqueira. Já transformado em escola de samba, o bloco encerrou suas atividades em 1976, retornando às ruas em 2009. O Carnaval campineiro resgatou, naquele ano, uma de suas mais antigas referências. Já o “Bloco do Bob” chega à sua 9ª edição em 2018 e volta para as ruas do bairro Cambuí, reunindo foliões e seus cães de estimação. Com concentração a partir das 17h na Praça XV de Novembro, mais conhecida como Largo Santa Cruz, o tema da marchinha do bloco esse ano é “Se os Animais Falassem”, abordando o fascínio que os animais exercem sobre as pessoas. O percurso será da Avenida Júlio de Mesquita até o Centro de Convivência. A participação é gratuita. No local haverá venda de abadás. O bloco ficou conhecido pela história do cãozinho Bob, que viveu por mais de dez anos no Largo Santa Cruz. Desde 2010, o “Bloco do Bob” sai às ruas do bairro. A cada ano, uma nova marchinha é composta pelo organizador César Rocha, com temas de conscientização sobre os cuidados com animais.