Namorados selam amor com presentes e programas a dois

A véspera do Dia dos Namorados, este sábado (11), movimentou o comércio campineiro com casais que buscavam presentes de última hora. A estimativa da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) é de que a data impacte em 7,89% nas vendas em geral, mas comerciantes apontaram que as vendas ficaram abaixo do esperado. Roupas, calçados, acessórios e flores foram os presentes mais buscados. 

No calçadão da Rua 13 de Maio, a gerente de uma loja de roupas, Luzia Magna Roque, disse que o impacto em relação ao Dia dos Namorados do ano passado foi de 15 a 20%, mas não superou o Dia das Mães deste ano. Entre os artigos mais vendidos estavam os de inverno.

“Historicamente, o Dia dos Namorados tem uma boa venda, com produtos mais caros, em relação ao Dia das Mães. Mas neste ano, embora tenhamos fluxo, não chegou ao esperado”, apontou.

A percepção também foi compartilhada por lojistas de segmentos de sapatos, joias e lingeries. 

Em uma outra loja de roupas, a gerente Caroline Almeida atribuiu a maior movimentação a chegada do frio e não a data. “Nosso fluxo foi impactado entre 15 a 20%, mas mesmo com apelo de promoção, acredito que não foi o Dia dos Namorados que trouxe esse aumento”, avaliou.

Pesquisa

Segundo uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), encomendada à Pinion, e divulgada pela Acic Campinas, 49,3% das pessoas ouvidas disseram que não presenteariam no Dia dos Namorados, contra 35% que afirmaram garantir um presente. Outros 15% não souberam informar. 

Foram ouvidas 1.712 pessoas. Entre os entrevistados que manifestaram intenção de compra, 38,5% responderam que vão gastar mais do que em 2021, enquanto 38,9% disseram o contrário. O valor médio do presente oscilou entre R$ 50 e R$ 200.

Em Campinas, a projeção é de alta de 7,89% nas vendas em geral, e de 10% apenas no e-commerce, que deve gerar um volume maior, segundo o Departamento de Economia da Acic. A projeção é atingir um faturamento de R$ 112,8 milhões a serem injetados na economia da cidade.

O fim das restrições para abertura de bares, restaurantes, joalheiras e floriculturas também deve impulsionar o crescimento.

Presentes

Na manhã deste sábado, o empresário Laureano Silva, de 62 anos, estava no Mercado de Flores da Ceasa Campinas. Ele optou por duas orquídeas, uma bromélia e uma begônia para presentear a mulher Heloísa Cristina Corradi, de 57 anos, com quem é casado há 30 anos, após 10 anos de namoro. 
“Ela está no salão de beleza e vim comprar as flores para quando ela chegar em casa ter essa surpresa. Todo ano faço isso. Sempre tem uma surpresa para a data”, conta.

As comemorações do casal começaram na sexta-feira, quando foram a um restaurante. No sábado a noite foram em outro restaurante, que ofereceu opções de pacotes especiais para a data, e terão mais uma atividade neste domingo. 

“Nos conhecemos quando eramos criança, aprendemos a andar de bicicleta juntos, fizemos faculdade no mesmo lugar. Então conheço bem ela e sei o que gosta”, frisou. 

Outros dois casais decidiram comprar juntos seus presentes. Os advogados Ângelo Bortoletto, de 51 anos, e Elis Zaia, de 39 anos, são da cidade de Tietê, e vieram comemorar o Dia dos Namorados em Campinas. Neste sábado a noite, assistiram a um show. No Ceasa, se presentearam comprando flores. Ela escolheu uma mini orquídea e Bortoletto uma muda de Amoras. “Sempre é valido comemorar estas datas”, defendeu Elis. “Acredito muito na importância das celebrações e a importância que elas têm”, completou.

O empresário Carlos Silva, de 43 anos, e a esposa Marcia Regina de Sá, de 44 anos, aproveitaram a data para comprar flores e decorar a casa que mudaram há quatro meses. Além disso, Silva comprou dois ursos e presentou, na Ceasa, a companheira de três anos. 

Em uma banca na feira hippie no Centro de Convivência, o indígena Takayoa, da etnia Kariri Xoco, natural do Estado do Alagoas, vendia junto com a namorada Aline Rosique, de 33 anos, peças do artesanato indígena. O casal namora há um ano e comemora o Dia dos Namorados com muito companheirismo.