MEDICINA

Na luta contra a morte, ganha a vida

Crianças portadoras de problemas cardíacos graves são tratadas com sucesso no Celso Pierro

Kátia Camargo
24/03/2013 às 08:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:19
O diácono Reginaldo Sarto na capela no Centro Inaciano: sacrário decorado com símbolo da ordem  (Érica Dezonne/AAN)

O diácono Reginaldo Sarto na capela no Centro Inaciano: sacrário decorado com símbolo da ordem (Érica Dezonne/AAN)

Médicos, pacientes infantis da área cardíaca, pais e profissionais da saúde se reencontraram no último sábado, 23, no Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC Campinas, para comemorar o resultado de uma tecnologia chamada ECMO (sigla para termo inglês que significa oxigenação extracorporal via membrana), que tem sido aplicada em crianças que correm risco de morte, por problemas cardíacos graves. Trata-se de um conjunto de aparelhos que substituiu a função do coração e do pulmão por vários dias. A emoção tomou conta de toda a equipe e muitos choraram ao ver as crianças que corriam risco de óbito, agora saudáveis.

“Passamos muito tempo com elas e com os pais, dentro do hospital, lutando pela vida. São grandes guerreiros do coração”, afirma o cirurgião cardiologista que também faz parte da Clínica Cardio Cirúrgica de Campinas, Fernando Antoniali.

“Apesar de no Brasil já existir essa tecnologia há algum tempo, o uso em crianças é recente. Começamos em 2009, mas agora estamos conseguindo obter os melhores resultados. Atribuo essa conquista a toda à equipe de profissionais envolvidos. Dos oito pacientes que utilizaram essa técnica, conseguimos dar alta para sete deles. Infelizmente, um não resistiu", conta o médico.

Lais Angelina Vieira da Silva, mãe de Mateus Henrique da Silva, cinco anos, que nasceu com um grave problema cardíaco, conta que o filho já passou por três operações. “Hoje ele está bem e se prepara para voltar para a escola”, comemora.

Maria Eduarda Alves Luis, de 1 anos e 8 meses, teve cinco paradas cardíacas e foi cogitado um transplante de coração para salvar sua vida. "Ela está ótima, saudável e não teve que passar pelo transplante. A dedicação da equipe e a tecnologia a salvaram”, diz a mãe Maria Averiana Alves de Freitas, 28 anos.

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