NOVA ESTRUTURA

Muro do Cemitério da Saudade deve ficar pronto em 6 meses

Setec confirma que o início das obras está marcado para o dia 13 de março

Bianca Velloso/ bianca.velloso@rac.com.br
18/02/2023 às 12:30.
Atualizado em 18/02/2023 às 12:30

Tapumes fecham o enorme buraco no centenário muro do Cemitério da Saudade, devido à ação das chuvas torrenciais que castigam a cidade neste verão (Alessandro Torres)

Há 15 anos sem manutenção e com partes destruídas pelas chuvas, o muro do Cemitério da Saudade, em Campinas, construído no longínquo ano de 1880, será, finalmente, demolido e substituído por uma nova estrutura. O início das obras está marcado para o dia 13 de março, segundo confirmou a autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec). O serviço deve ser concluído no prazo de seis meses. Além disso, estão programadas, também, diversas intervenções visando a melhorar o aspecto e conservação do espaço, como a instalação de um novo sistema de iluminação e pisos. A data para implantação dessas melhorias ainda não foi definida pela Setec.

De acordo com publicação no Diário Oficial do Município de sexta-feira (17), o valor proposto pela companhia vencedora da licitação, cujos envelopes com as propostas foram abertos na terça-feira (7), foi de R$ 2,5 milhões. O novo muro contará com 1.076 metros lineares e altura de 1,5 metro. Um gradil de dois metros será instalado na parte superior, totalizando altura de 3,5 metros. Como acabamento, será plantada uma cerca viva no muro. O assessor técnico da presidência da Setec, Edson Andrade, disse que a implantação ocorrerá por questões estéticas. "A cerca viva dará mais vitalidade ao muro", explicou.

Andrade informou que a Setec planeja outras intervenções, além da construção do novo muro. "Está previsto, ainda sem data definida, a troca do piso e a implantação de um novo sistema de iluminação, além de uma ação determinante da Setec junto às famílias que não fazem a devida manutenção em seus jazigos, muitas vezes abandonando os mesmos", revelou Andrade, que defende essas ações como uma forma de manter o ambiente organizado e conservado.

Ainda de acordo com a Setec, qualquer intervenção a ser feita no Campo Santo mais antigo da cidade precisa contar com o aval do Conselho de Defesa do Patrimônio de Campinas (Condepacc), uma vez que o local é tombado. Portanto, segundo a autarquia, trata-se um processo demorado, pois devem ser analisados diversos fatores burocráticos, técnicos e administrativos.

Edson Andrade falou sobre o novo sistema de conservação adotado pela autarquia. "Existe uma equipe inteira dedicada a isso, que atua diariamente nos três cemitérios municipais", contou. O assessor explicou que no período de chuvas intensas, quando o mato cresce em ritmo acelerado, a Setec organiza uma forçatarefa para limpar as áreas comuns, reservando às famílias donas de porções de terra a responsabilidade pela limpeza dos túmulos onde os seus entes queridos estão sepultados.

Andrade explicou que os trabalhos de manutenção visam a manter um espaço agradável às pessoas que frequentam o local. "A conservação é importante para que os munícipes possam desfrutar de um ambiente mais agradável em suas visitas. Principalmente no caso do Cemitério da Saudade, onde existem centenas de obras de arte espalhadas por suas quadras, de um valor histórico e cultural inestimável", concluiu.

O campo santo, localizado no bairro Ponte Preta, abriga cerca de 32 mil sepulturas, dispostas em uma área de quase 182 mil metros quadrados, com aproximadamente 700 mil corpos. Em função das obras de arte tumulares presentes nas 112 quadras, é considerado um museu a céu aberto. 

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