REFORMA

Muro do Cemitério da Saudade começa a ser reconstruído nesta segunda

Previsão é que obra no campo santo esteja concluída no período de seis meses

Bianca Velloso/ [email protected]
12/03/2023 às 09:57.
Atualizado em 12/03/2023 às 09:57
Tapumes tampam buraco aberto pelas chuvas no muro que cerca o Cemitério da Saudade: nova estrutura deverá ficar pronta em seis meses (Alessandro Torres)

Tapumes tampam buraco aberto pelas chuvas no muro que cerca o Cemitério da Saudade: nova estrutura deverá ficar pronta em seis meses (Alessandro Torres)

A obra de reconstrução do muro do Cemitério da Saudade em Campinas começa nesta segunda-feira (13) e tem previsão de conclusão em seis meses. O muro foi construído em 1880 e será, finalmente, demolido e substituído por um novo. A última manutenção foi feita há 15 anos. Segundo informações da autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec), a obra será feita em etapas. Serão demolidos primeiramente 100 metros, a equipe erguerá um novo muro neste trecho e na sequência segue para outros 100 metros até atingir e concluir os 1.076 metros lineares de muro que cercam o cemitério. 

Além disso, estão programadas diversas intervenções visando a melhorar o aspecto e conservação do espaço, como instalação de um novo sistema de iluminação e pisos. A data para implantação dessas benfeitorias ainda não foi definida pela Setec.

A homologação do processo e adjudicação da vencedora da licitação pública, a Engetela Comércio e Serviços foi publicada no Diário Oficial do Município do dia 17 de fevereiro. O valor proposto pela companhia foi de R$ 2,5 milhões. O novo muro contará com 1.076 metros lineares e altura de 1,5 metro. Um gradil de dois metros será instalado na parte superior, totalizando altura de 3,5 metros. Como acabamento, será plantada uma cerca viva no muro. O assessor técnico da presidência da Setec, Edson Andrade, disse que a implantação ocorrerá por questões estéticas. "A cerca viva dará mais vitalidade ao muro", explicou

Edson Andrade informou que a Setec planeja outras intervenções, além da construção do novo muro. "Está previsto, ainda sem data definida, a troca do piso e a implantação de um novo sistema de iluminação, além de uma ação determinante da Setec junto às famílias que não fazem a devida manutenção em seus jazigos, muitas vezes abandonando os mesmos", revelou Andrade, que defende essas ações como uma forma de manter o ambiente organizado e conservado. 

Ainda de acordo com a Setec, qualquer intervenção a ser feita no Campo Santo mais antigo da cidade precisa contar com o aval do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), uma vez que o local é tombado. Segundo a autarquia, trata-se de um processo demorado, pois devem ser analisados diversos fatores burocráticos, técnicos e administrativos.

Edson Andrade falou sobre o novo sistema de conservação adotado pela autarquia. "Existe uma equipe inteira dedicada a isso, que atua diariamente nos três cemitérios municipais", contou. Ele explicou que no período de chuvas intensas, quando o mato cresce em ritmo acelerado, a Setec organiza uma força tarefa para limpar as áreas comuns, reservando às famílias donas de porções de terra a responsabilidade pela limpeza dos túmulos onde os seus entes queridos estão sepultados. 

Andrade explicou que os trabalhos de manutenção visam a manter um espaço agradável às pessoas que frequentam o local. "A conservação é importante para que os munícipes possam desfrutar de um ambiente mais agradável em suas visitas. Principalmente, no caso do Cemitério da Saudade, onde existem centenas de obras de arte espalhadas por suas quadras, de um valor histórico e cultural inestimável", concluiu.

O Cemitério da Saudade, localizado no bairro Ponte Preta, abriga cerca de 32 mil sepulturas, dispostas em uma área de quase 182 mil metros quadrados, com aproximadamente 700 mil corpos. Em função das obras de arte tumulares presentes nas 112 quadras, é considerado um museu a céu aberto.

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