LAGOA DO TAQUARAL

Multidão volta a formar fila por cesta básica

O trabalho de distribuição começou logo cedo por um grupo de 40 voluntários e, por volta das 11 horas, mais de duas mil cestas já haviam sido distribuídas

Da Agência Anhanguera
06/06/2020 às 12:02.
Atualizado em 29/03/2022 às 10:12

Uma fila com milhares de pessoas voltou a se formar na manhã deste sábado (06), no entorno da Lagoa do Taquaral, em mais uma ação de distribuição de cestas básicas para pessoas carentes e que acabaram sendo afetadas mais fortemente pela pandemia do coronavírus. O trabalho de distribuição começou logo cedo por um grupo de 40 voluntários e, por volta das 11 horas, mais de duas mil cestas já haviam sido distribuídas. Segundo o corretor de imóveis André Roberto Freitas, um dos organizadores da ação, a estimava é entregar três mil cestas até as 14h. A fila se formou a partir do portão 06 – no kartódromo – mas se desdobrava pelo entorno do parque. A exemplo de outras vezes – a última distribuição foi na terça-feira – atraiu gente de várias regiões da cidade e que enfrentou longa espera na calçada até receber o benefício. “Teve gente que chegou aqui às 21h40 de ontem”, contou Freitas. Ele estima que a ação tenha beneficiado pelo menos 12 mil famílias carentes até agora. “Se e gente imaginar a média de quatro pessoas por família, chegamos a um número incrível de pessoas beneficiadas”, disse ele, referindo-se a um universo de 48 mil indivíduos atingido pelo trabalho dos voluntários. A entrega de cestas básicas no kartódromo do Taquaral surgiu de uma outra ação, denominada Varal Solidário, iniciada por frequentadores do local que se sensibilizaram, primeiramente, com moradores de rua da região. André Freitas contou que no ano passado, um grupo de moradores do entorno começou a amarrar lanches no portão do kartódromo para ajudar os moradores de rua. A prática ocorreu por muitos meses com a entrega de lanches e leite em caixinha para o café da manhã. A ação, no entanto, mudou de perfil com a pandemia de coronavírus, quando o grupo percebeu que o universo de vulneráveis ficou maior. O grupo passou então a recolher cestas e fazer a distribuição. “Hoje mesmo, a gente recebeu um caminhão cheio de cestas, mas tem gente que enche o próprio carro e entrega pra gente distribuir”, conta. Prefeitura O prefeito Jonas Donizette (PSB) disse no início da semana estar preocupado com a forma como a distribuição vinha sendo feito e temia pela grande aglomeração que acaba provocando. Por conta disso, tentou interferir no processo. Ontem, Roberto Freitas disse que ao longo da próxima semana vai conversar com técnicos da Prefeitura sobre a melhor forma de atuação, mas disse que o grupo quer manter o ponto de arrecadação na Lagoa e que eles mesmos farão o cadastro das pessoas beneficiadas. O que o grupo precisa, diz ele, é encontrar um lugar para armazenar as cestas até que sejam entregues. Nisso, acredita, a prefeitura pode contribuir.

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