Coletivos de mulheres de Campinas prometem ir às ruas nesta segunda-feira (25) para o início de uma campanha de combate a violência contra a mulher e o feminicídio, cujos casos têm aumentado em Campinas e região. De acordo com a ativista Marcela Moreira - uma das organizadoras do evento - as mulheres vão cobrar a implementação da lei da Lei Municipal nº 10.941/01 (que trata de campanhas educativas contra a violência à mulher). "Existe uma lei, mas ainda não temos uma política de prevenção e conscientização a respeito da violência contra a mulher", afirma Marcela. Segundo ela, o dia vai contar com atos e manifestações políticas, atividades culturais e trabalho de conscientização da população. Os atos devem ocorrer em frente a Catedral a partir das 16h. Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp mostrou que a taxa média de mortes de mulheres por feminicídio em Campinas é maior do que a média do Estado. Enquanto a média em SP é de 2,4 mortes a cada 100 mil habitantes, em Campinas esse número sobe para 3,18 casos de feminicídios a cada 100 mil habitantes. Os coletivos lembram ainda que os demais crimes violentos reduziram no Estado de São Paulo. Os coletivos reclamam que especialmente o governo federal tem cortado recursos de programas de combate à violência ao invés de aplicar recursos em políticas públicas focadas na prevenção e no atendimento das mulheres em situação de violência, O dia 25 de novembro foi instituído como o Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as Mulheres. Em 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas escolheu esse dia como lembrança do 25 de novembro de 1960, quando as três irmãs dominicanas Mirabal - Minerva, Pátria e Maria Teresa - foram assassinadas a mando do ditador Rafael Trujillo.