Ano a ano, as mulheres abrem espaço no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Campinas (RMC)
Ano a ano, as mulheres abrem espaço no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Com carteira assinada, estão empregadas 407.229 mulheres. A quantidade representa 43% das pessoas contratadas com registro na região. O cenário regional é bem melhor para o sexo feminino do que no País. No Brasil, 38,4% dos trabalhadores formais são mulheres. O número significa uma força de trabalho de 14,7 milhões de pessoas.Na RMC, houve uma evolução de cinco pontos percentuais na participação feminina no mercado de trabalho nos últimos dez anos. De acordo com estudo da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), em 2003, 38% da mão de obra na região eram mulheres e 62% homens. Conforme a análise da entidade, o setor que mais emprega o sexo feminino na RMC é o de setor (51,3%). O menor percentual é na construção civil (5,2%).O coordenador do Departamento de Economia da Acic, Laerte Martins, afirmou que na indústria a participação da mulher é de 35,5% e no comércio de 49,7%. "A relação entre homens e mulheres no mercado de trabalho mostra que há um avanço do sexo feminino em todos os setores da economia" , comentou. Ele ressaltou que a ampliação do número de mulheres no mercado de trabalho é maior nos grandes centros urbanos do que nas pequenas cidades. "Em Campinas, 47,1% da mão de obra formal são mulheres e 52,9% são homens. Em Santo Antônio de Posse, a relação cai para 28% de mulheres e 72% de homens" , apontou.O economista salientou que grandes regiões como Campinas tendem a abrir mais espaço no mercado de trabalho para mulheres. Martins ponderou que o perfil econômico também favorece a contratação de mulheres. "Na região, setores intensivos na contratação de mulheres estão em expansão como serviços e comércio. Entretanto, todas as áreas hoje abrem espaço para o sexo feminino. Há mulheres trabalhando em funções na construção civil que antes eram quase que exclusivas dos homens" , disse. Apesar do avanço da mulher no mercado de trabalho, o economista frisou que o sexo feminino ainda recebe salários menores para a execução da mesma função que os homens.MercadoMais escolarizadas e aproveitando as oportunidades que o mercado de trabalho oferece, as mulheres ganham espaço dentro das empresas e também se transformam em empreendedoras. "Recentemente, comecei meu negócio próprio. Meu marido é sócio. Mas sou eu quem tomo conta de tudo. Fiz cursos de gestão e vi que as salas de aulas estão repletas de mulheres que buscam uma melhor colocação no mercado de trabalho ou comandar o próprio negócio. No tempo da minha avó, seria impensável uma mulher que não fosse apenas dona de casa" , comentou a empresária, Lurdes Maria Silva.