MONTE MOR

Mulher é detida por exercício ilegal da advocacia

A mulher do presidente da Câmara Municipal foi encaminhada à delegacia no fim da manhã de quarta-feira (28) por exercício ilegal da advocacia em escritório próprio no Centro

Jaqueline Harumi
28/09/2016 às 21:04.
Atualizado em 22/04/2022 às 22:14

Após denúncias recebidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Monte Mor há cerca de dois meses, a mulher do presidente da Câmara Municipal foi encaminhada à delegacia no fim da manhã de quarta-feira (28) por exercício ilegal da advocacia em escritório próprio perto da Praça das Bandeiras, no Centro. Segundo o presidente da OAB local, Pedro Boareto, foram recebidas várias informações de que duas pessoas estavam se passando por advogadas, dentre elas Valdirene Giati, a Wal, 38 anos, casada com o vereador Marcos da Farmácia (PSD) e que foi detida para prestar esclarecimentos. A outra denúncia ainda está sob apuração da Ordem. “Foram verificados alguns documentos, que foram apresentados na autoridade policial, onde constava o número da OAB, que na verdade é um número de carteira de estagiária”, relata Boareto, que inclusive constatou que a carteira estava vencida e acionou a Polícia Civil. “Alegou ser estagiária, mas uma cliente que estava no local disse que ela se identificou como advogada”, completa. Segundo a polícia, foi elaborado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em que também prestou depoimento a pessoa que procurava o serviço advocatício. Conforme a polícia, Wal teria concluído o curso de direito, porém com disciplina pendente, o que não permitiu que ela prestasse o exame da OAB. Pela lei das contravenções penais, que permite responder pelo crime em liberdade, a condenação pelo exercício de profissão sem preencher as condições legais implica em prisão de 15 dias a três meses ou multa, no entanto, segundo Boareto, na prática a pena é revertida em prestação de serviço ou prestação pecuniária, pagamento determinado no julgamento. Marcos da Farmácia foi procurad, porém desligou o telefone assim que a reportagem se identificou. As ligações seguintes caíram na caixa postal.

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