Promotores concluíram que ex-diretor de Planejamento não praticou crime
O Ministério Público (MP) arquivou o procedimento investigatório que apurava se o ex-diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas Ricardo Chimirri Cândia cometeu os crimes de formação de quadrilha e concussão no caso das instalações de antenas de telefonia celular na cidade. Cândia era homem de confiança do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT) e é réu no processo do Caso Sanasa por suspeita de integrar um esquema de fraudes em licitação, corrupção e formação de quadrilha. O arquivamento ocorreu, segundo os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), porque não houve autorização da Prefeitura para a instalação dos equipamentos.
Pouco antes de o Caso Sanasa vir à tona, o Gaeco passou a investigar a relação do ex-diretor com a instalação de antenas de telefonia celular na cidade. Na época, foram localizados 14 terrenos de propriedade de Cândia ou de parentes onde estavam instalados os equipamentos. Havia suspeita de que o empresário tinha sido beneficiado pelo Executivo com autorizações para que os aparelhos fossem instalados. A Promotoria concluiu que não houve ocorrência de crime.
Segundo o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, que defende Cândia no processo, houve comprovação de que seu cliente não cometeu nenhum crime. “A manifestação do MP foi tecnicamente correta, bastante equilibrada e isenta de parcialidade”, disse.