COBRANÇA

Movimento Pedágio livre na RMC tem 20 mil adesões

Grupo quer 150 mil assinaturas para projeto isentando morador da região de pagar tarifa

Maria Teresa Costa
30/09/2013 às 21:24.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:11
Pedágio Ponto a Ponto no Km 77 da Rodovia Santos Dumont: sistema está em operação em três rodovias da Região Metropolitana de Campinas  (Elcio Alves/16abr2013/AAN)

Pedágio Ponto a Ponto no Km 77 da Rodovia Santos Dumont: sistema está em operação em três rodovias da Região Metropolitana de Campinas (Elcio Alves/16abr2013/AAN)

O movimento Passe Livre nos Pedágios chegou a 20 mil assinaturas e faz um novo mutirão de coleta, no sábado (28), em 11 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) para que os carros emplacados nas 19 cidades da região possam circular pelas rodovias locais sem pagar a tarifa. A meta do Coletivo Comunidade Ativa, que organiza o movimento, é chegar a 150 mil assinaturas este ano — 1% do eleitorado regional — e ter representatividade necessária para a apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular na Assembleia Legislativa (AL), que garanta o trânsito livre.A coleta ocorrerá nas praças centrais das cidades (em Campinas, será no Largo do Rosário). Segundo o estudante Cristovan Grazina, que integra o coletivo, o pedágio precisa ser revisto rapidamente porque penaliza pessoas e prejudica a livre circulação de mercadorias e pessoas. O governo do Estado, no entanto, descarta a isenção de pedágio dentro da RMC.Em nota, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) informou que, junto com o governo, trabalha para a redução dos custos e adoção de medidas como o reajuste zero nas tarifas no mês de julho (quando é previsto, por contrato, reajuste no valor) e a implantação do Sistema Ponto a Ponto, de cobrança por trecho percorrido, possibilitando uma tarifa mais justa. A operação do primeiro projeto piloto começou em abril de 2012. A região de Campinas, segundo a Artesp, é a que mais recebeu projetos do tipo. O Ponto a Ponto está em funcionamento em três rodovias na região.“A RMC foi criada para favorecer a integração e complementariedade das economias dos municípios que dela fazem parte, mas os pedágios entre cidades vizinhas, numa área de conurbação, fazem justamente o contrário. Eles penalizam todo mundo”, afirmou Grazina. Ele mora em Campinas, estuda no campus de Limeira da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e paga pedágio diariamente para estudar.Para o estudante, o custo do pedágio muitas vezes é mais caro do que o combustível usado para ir de uma cidade a outra. “Você gasta R$ 6,00 de combustível para ir e voltar de Jaguariúna, mas paga R$ 9,50 de pedágio. Isso prejudica todo mundo que circula na rodovia. O agravante é que os usuários têm poucas alternativas de vias para circular entre as cidades e são obrigados a passar pelos pedágios”, disse.Gravina observou que, quando o pedágio sobe, o valor do ônibus, da van fretada, do frete cobrado pelos caminhões também sobe. O movimento Passe Livre nos Pedágios é popular, segundo ele, sem nenhuma grande entidade por trás e que começou com um grupo de estudantes e ganhou a adesão de categorias profissionais. A proposta inicial é ter um número significativo de assinaturas para que seja apresentado um projeto de lei dando a isenção, por algum deputado estadual. “Mas estamos também caminhando para coletar 150 mil assinaturas e assim ter força também para um projeto de iniciativa popular”, disse.O trânsito de pessoas e mercadorias entre as cidades da RMC é intenso. Pesquisa divulgada pela Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos aponta que a maioria das pessoas que residem na RMC se locomove em carro ou a pé. Juntos, esses modais representam 63,3% das viagens realizadas nas 19 cidades; o restante utiliza ônibus, caminhão, táxi, motocicleta, bicicleta.Segundo a pesquisa, 38,5% das viagens são em carro, como motorista ou passageiro, e 25,1% andam a pé. O estudo considerou o desclocamento mínimo de 500 metros para as viagens. Em relação à última pesquisa, de 2003, o uso dos transportes individual e coletivo cresceram, respectivamente, 22,9% e 12%, e a locomoção a pé caiu 24,5%.Pontos de coleta de assinaturasCampinas - Largo do Rosário - CentroHortolândia - Praça Neuza - R. Wanderley Costa Camargo - CentroIndaiatuba - Rua Prudente de Moraes - CentroItatiba - Praça da Bandeira - CentroJaguariúna - Praça Umbelina Bueno - CentroNova Odessa - Praça - Avenida Carlos Botelho - CentroPaulínia - Av. José Paulino - Na frente da LotéricaSumaré - Praça da República - CentroValinhos - Largo São Sebastião - CentroVinhedo - Praça Sant’Ana - Rua 09 de Julho - CentroAmericana - Praça Basílio Rangel, Calçadão da Rua 30 de Julho - Centro

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