Mortes pela doença são confirmadas em Mogi Mirim

Mogi Mirim confirmou nesta quinta-feira (12) as mortes de duas mulheres ocorridas pelo agravamento da dengue. Uma tinha 28 anos e era moradora da zona Leste; a outra, uma idosa de 69 anos, moradora da zona Norte. Em ambos os casos, os óbitos ocorreram em fevereiro. As identidades das vítimas foram preservadas pela Prefeitura. Com o registro de 1.339 casos, o Município decretou estado de emergência. De acordo com levantamento da Prefeitura, a maior parte das notificações da doença concentra-se na região Sul, onde há 372 registros. Na sequência aparecem com destaque as áreas Central (318), Leste (291) e Norte (251). “Estamos trabalhando muito a parte assistencial para evitar mortes. É preciso que, nos sintomas iniciais, a pessoa comece a se hidratar e procure uma unidade de Saúde. Não há nenhum medicamento específico que mate o vírus da dengue. O próprio organismo cura a doença, por meio de repouso e muita hidratação. Em estado mais grave, a UBS encaminha o paciente para o hospital”, afirmou o secretário municipal de Saúde Rossi Junior.O secretário pediu também que as pessoas colaborem para o combate à doença. “Não é só Mogi Mirim que está com o problema da dengue, mas o Estado todo. Nós estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para combater e não começamos agora. Desde o início da Administração as ações acontecem ininterruptamente”, afirmou. A equipe de Vigilância em Saúde também lembrou que, além da responsabilidade do Município, que vem tomando todas as medidas cabíveis, há também a responsabilidade da população. Durante as visitas, realizadas pelos agentes municipais de saúde, muitos criadouros do mosquito são encontrados, além de larvas e até pupas. Há uma resistência pelo morador em se desfazer desses objetos, além de muitas recusas de abrir os imóveis para os agentes.O secretário lembrou que, além do quintal, o mosquito também se adaptou muito bem dentro das residências. Muitas vezes, as larvas são encontradas dentro de casa, nos locais menos prováveis, como geladeiras do tipo frostfree, por exemplo, pois possui um reservatório de água; no condicionador de ar, inclusive os portáteis; na canaleta de uma porta; no box; no suporte de detergente e esponja, que fica em cima da pia; no ralo do chuveiro; em bromélias ou até locais sem muita visibilidade como lajes e calhas, que devem ser vistoriadas ao menos uma vez por semana. “O quintal pode estar limpo, mas o criadouro pode estar na sala, na cozinha, no quarto, no banheiro, entre outros locais. Importante lembrar que nas residências, o mosquito não tem predador”, concluiu.   Mais cinco cidades registram óbitos   Além de Mogi Mirim, há confirmação de mortes provocadas por dengue em pelo menos mais cinco cidades próximas a Campinas. Uma das mais atingidas pela doença, Itapira confirmou nove casos de vítimas fatais. De acordo com a Prefeitura, são 3.125 casos de dengue na cidade, que decretou emergência em janeiro. Com isso, a incidência corresponde a um caso em cada grupo com 23 habitantes. Sumaré tem uma morte confirmada e apura mais dois óbitos. Em Limeira, eram seis vítimas da doença até o início desta semana. Já em Sorocaba, oito pessoas morreram infectadas por dengue e são quase 9 mil casos da doença confirmados. Amparo confirmou uma morte por dengue e investiga outra, de uma jovem de apenas 16 anos, caso que comoveu a cidade.  Veja também Mais cinco mortes por dengue são confirmadas no Interior A Secretaria da Saúde de Bauru, na região noroeste do Estado, confirmou no final da tarde de quinta três mortes por dengue Depois da dengue, Sorocaba decreta emergência por chuva Medida servirá para agilizar a contratação de empresa para executar obras de reparo em vias, pontes e galerias pluviais Baixada Santista pode ter 1ª morte por dengue de 2015 Este ano o município de Itanhaém contabiliza 223 casos confirmados de dengue Escolas têm ofensiva contra a dengue Vale tudo na hora de se proteger: roupas mais compridas, repelente na mochila e caderno com orientações de como eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença