Moradores de gleba ocupada bloquearam trânsito na Avenida John Boyd Dunlop, em Campinas
O grupo estendeu faixas e carregava um caixão que simbolizava o pedreiro morto (Dorinaldo Oliveira/ Correio Popular)
Moradores da gleba ocupada às margens da antiga linha do veículo leve sobre trilhos (VLT), em Campinas, intimados para deixa a área em 30 dias, protestaram nesta manhã de quarta (23) contra a morte do pedreiro Manoel Braga dos Santos, que sofreu infarto e morreu bem no momento em que os moradores dos barracos eram intimados. Cerca de 100 manifestantes bloquearam por um hora a alça de acesso à Rodovia Anhanguera na Avenida John Boyd Dunlop.Muitas crianças estavam no protesto. O grupo estendeu faixas e carregava um caixão que simbolizava o pedreiro morto.TrânsitoA concessionária AutoBAn, responsável pela rodovia Anhanguera, informou que a alça de acesso ficou bloqueada por cerca de uma hora. O motorista que seguia no sentido Campinas pela rodovia enfrentou cerca de 2 km de congestionamento. Agentes da mobilidade urbana da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) foram até o local e monitoraram o tráfego. O trânsito foi desviado para a Avenida Oswaldo Oscar Barthelson. Um pedreiro de 47 anos, morador de uma gleba ocupada às margens da antiga linha do veículo leve sobre trilhos (VLT), em Campinas, sofreu um enfarte e morreu bem no momento em que os moradores dos barracos eram intimados a deixar a área, na terça-feira (22) pela manhã. O terreno, contíguo à estação desativada da Cidade Jardim, começou a ser ocupado pelos sem-teto em novembro do ano passado. Desde o começo deste ano, famílias são intimadas a deixar o local voluntariamente. Ontem mesmo, oficiais de Justiça distribuíam 30 intimações quando, segundo informações dos vizinhos, o pedreiro ficou muito nervoso, saiu chorando e desorientado, até sofrer um ataque cardíaco e cair morto, no meio do pasto. Veja também Morador de área ocupada morre ao receber intimação Manoel Braga dos Santos, vítima do ataque, era paranaense de Ribeirão do Pinhal