TINHA 13 ANOS

Morte de menina em rodovia segue cercada de mistério

Mãe acredita que a Polícia Civil está demorando em investigar a morte da filha e, com isso, pode perder as imagens registradas pelo monitoramento dos comércios

Alenita Ramirez/ Inaê Miranda
10/07/2015 às 07:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 16:37
Polícia ainda não têm pistas sobre a morte de adolescente de 13 anos na Bandeirantes (Élcio Alves)

Polícia ainda não têm pistas sobre a morte de adolescente de 13 anos na Bandeirantes (Élcio Alves)

“Preciso tirar a dúvida que paira na minha cabeça: minha filha se matou ou alguém a matou? Eu prefiro ouvir que alguém a matou do que ela tirou a sua própria vida”, desabafou a estudante de cinema Shirley Nogueira dos Santos, de 36 anos, mãe da adolescente Maria Aparecida dos Santos Mariano, de 13 anos, encontrada morta e atropelada por vários carros na Rodovia dos Bandeirantes, em Campinas, no dia 17 do mês passado. Shirley acredita que a Polícia Civil está demorando em investigar a morte da filha e, com isso, pode perder as imagens registradas pelo monitoramento dos comércios que ficam nas proximidades de onde a menina morava e também do local de onde ela teria supostamente se jogado. “Falei com alguns comerciantes e eles têm câmeras de segurança, mas disseram que as imagens ficam gravadas por certo período, inclusive, alguns deles já tiveram as imagens deletadas”, disse. “Se fosse a filha de um rico ou famoso já tinham descoberto o que tinha acontecido, mas é filha de uma pessoa pobre e com certeza vai cair no esquecimento”, comentou a mãe. A localização do corpo da jovem foi registrada na 2ª Delegacia Seccional como morte suspeita e é investigada pelo 6º Distrito Policial. Investigadores responsáveis pelo caso garantem que já iniciaram as apurações.Segundo policiais, as buscas foram feitas em comércios próximos ao Cemitério Parque das Flores, já que a informação que tinham era de que o atropelamento teria ocorrido na passarela perto do Km 93+600. “Demos prioridade a esse caso”, garantiu um investigador.Os comerciantes das proximidades de onde a adolescente morreu, e que possuem sistema de monitoramento, afirmaram que não foram procurados pela polícia. “Os pais da adolescente vieram aqui, mas não tínhamos a gravação desse dia”, disse um deles.

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