Ricardo Luiz Silveira, era morador do bairro Frezzarim e estava em tratamento desde o último domingo no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi
O material coletado foi encaminhado para exames laboratoriais no Instituto Adolfo Lutz, na Capital (Divulgação)
A Secretaria de Saúde de Americana confirmou nesta quarta-feira a morte de um paciente de 47 anos que estava internado com suspeita de febre amarela e outras quatro doenças. Ricardo Luiz Silveira era morador do bairro Frezzarin e estava em tratamento desde o último domingo no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. De acordo com a pasta, devido ao quadro clínico do paciente, a equipe médica da unidade suspeita de várias doenças como febre maculosa, dengue, leptospirose, hepatite, além da febre amarela. Exames foram encaminhados para análise laboratorial no Instituto Adolfo Lutz, na Capital. A secretaria informou que ainda aguarda os resultados.O paciente morreu na noite de terça-feira, às 19h55, e o óbito, segundo atestado médico, foi decorrente de choque refratário, febre hemorrágica, insuficiência renal aguda e insuficiência hepática aguda. A Administração ressaltou ainda que, se confirmada febre amarela, o caso será considerado silvestre e importado, visto que, as investigações realizadas pela Vigilância de Saúde apontaram que o paciente trabalhava como representante comercial e circulava por regiões consideradas de risco para a transmissão. No final de março, Silveira visitou Monte Alegre do Sul e Amparo, que tiveram registro de casos de febre amarela em macacos e humanos. Em relação à vacinação contra a doença na cidade, a secretaria disse que não haverá nenhuma alteração, até que haja recomendação da Secretaria Estadual de Saúde. Em nota, a pasta informou também que o Programa de Controle da Dengue do município realizou um bloqueio de criadouros do mosquito Aedes aegypti e fez a investigação epidemiológica nos imóveis próximos à residência do paciente, onde não foi constatado nenhum outro caso suspeito. “Por recomendação da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), o programa não efetuou a nebulização de inseticida nas imediações, apenas o controle de criadouros e busca ativa de casos suspeitos”, enfatizou o texto.Mais suspeitas Em Campinas, um morador da área rural do distrito de Sousas, de 63 anos, está internado com suspeita de febre amarela e passa bem. O diagnóstico para confirmar ou descartar a doença está sendo realizado também no laboratório do Instituto Adolfo Lutz. Também na região, Vinhedo, tem dois casos suspeitos, notificados em março e abril — um homem e uma mulher, ambos residentes em área urbana. Nas duas ocorrências foram enviados materiais para o exame no instituto. A resposta do primeiro caso chegou na quarta-feira e deu negativo. A secretaria aguarda ainda o resultado da outra pessoa. Ambos não chegaram a ser hospitalizados e passam bem. A Prefeitura informou também que fará uma ação para vacinar os moradores da zona rural. A imunização ocorrerá entre os dias 21, 22 e 23 deste mês.Casos confirmados na região chegam a cincoSubiu para cinco o número de casos confirmados de febre amarela — importados ou contraídos na própria cidade — na região de Campinas. Ontem, a Secretaria de Saúde de Amparo confirmou que duas pessoas contraíram a doença e passam bem. O número de mortes chega a três. Um óbito foi registrado no município e outros dois em Monte Alegre do Sul e Paulínia. A secretaria de Amparo não divulgou detalhes dos pacientes, pois a Vigilância de Saúde ainda investiga se os casos são autóctones. A Saúde informou apenas que os pacientes chegaram a ficar internados e tiveram alta. O resultado positivo dos casos foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz. Ainda segundo a Prefeitura, os dois pacientes que tiveram a confirmação residem na área urbana, mas se investiga se eles estiveram na área rural, onde foram encontrados sete macacos mortos. A secretaria informou que 60% da população já foi imunizada contra a febre amarela. A vacina continua disponível em todas as unidades de saúde com o horário de atendimento das 8 às 17horas, sem necessidade de agendamento. Além de Amparo, na última sexta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou o primeiro caso de morte autóctone na região. Um mulher de 40 anos, morreu em Monte Alegre do Sul. No final de janeiro, foi registrado um caso importado de uma moradora de 47 anos, de Paulínia, que veio a óbito após contrair a doença uma cidade de Minas Gerais que está na área de risco. (SP/AAN)