Moradores pedem Justiça para casal

Uma mensagem escrita à mão em uma folha de cartolina amarela, colocada na grade do muro da casa do casal de idosos Nelson e Ondina da Silva Felcar Mazzaro, 82 e 85 anos respectivamente, assassinados na casa deles no bairro Ponte Preta, em Campinas, pede para que a Justiça seja feita. O casal foi achado morto com requintes de crueldade no final do feriado prolongado de Corpus Christ, há cerca de 40 dias. O inquérito é apurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e já existem dois suspeitos, mas a identificação depende de pareceres da Polícia Técnico Científica. Segundo o delegado, José Carlos Fernandes, até ontem os laudos ainda não estavam prontos.  O cartaz foi colocado no local no último dia 24, segundo moradores. Nele, é lembrado que se passaram 30 dias do crime e que as vítimas fazem muita falta naquela região. “Todo mundo que passa por aqui nos pergunta se sabemos alguma coisa. Isso nos entristece, pois gostaríamos de ter uma resposta já que não os teremos de volta”, disse o taxista César Cervantes, que trabalha em um ponto na praça em frente à casa. A principal suspeita da Polícia Civil para o crime é de latrocínio (roubo seguido de morte), já que a residência estava revirada e com sinais de arrombamento em uma das janelas e uma porta. O casal morava sozinho, em um sobrado, nos fundos da casa da família, na Avenida da Saudade, nas imediações da Sanasa. Os corpos estavam dentro de um dos quartos, caídos no chão, com marcas de ferimentos causados por faca. A polícia foi acionada depois que um dos filhos entrou em contato dizendo que eles não se comunicavam havia quatro dias. Na casa havia sangue na parede, no chão e no banheiro comprovando que houve luta corporal. Dois dias após a localização do corpo dos idosos, a Polícia Militar (PM) deteve o neto das vítimas e um amigo dele, suspeitos de envolvimentos nos crimes, já liberados, A dupla foi detida após a polícia receber denúncias. Policiais civis foram à residência casa dos suspeitos e apreenderam roupas, calcados e objetos de higiene para coleta de prova genética. O material foi enviado à perícia e a polícia aguarda o laudo.