RESIDENCIAL SIRIUS

Moradora fica com 51% do corpo queimado após explosão

Autônoma Rosalina Pereira de Souza, de 42 anos, o acidente aconteceu assim que ela acendeu a luz de casa quando chegou do trabalho

Jaqueline Harumi
10/04/2015 às 22:23.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:44
Imóvel onde o vazamento aconteceu fica no térreo da Torre 2 no Bloco 2 do condomínio C5 (Jaqueline Harumi/ AAN )

Imóvel onde o vazamento aconteceu fica no térreo da Torre 2 no Bloco 2 do condomínio C5 (Jaqueline Harumi/ AAN )

Uma moradora do Residencial Sirius, em Campinas, está internada na Unidade de Tratamento de Queimados da Santa Casa de Limeira com 51% do corpo queimado por uma explosão causada por vazamento de gás em seu apartamento na quarta-feira (8). Segundo familiares da vítima, a autônoma Rosalina Pereira de Souza, de 42 anos, o acidente aconteceu assim que ela acendeu a luz de casa quando chegou do trabalho por volta das 17h. Ainda de acordo com a família, ela teve ferimentos principalmente na cabeça e nos braços, está sedada e deve passar por cirurgias, com risco de vida.O imóvel onde o vazamento aconteceu fica no térreo da Torre 2 no Bloco 2 do condomínio C5 e o acidente fez com que a porta do bloco e a porta e as grades de ferro da janela fossem lançadas numa distância de até 20 metros. O problema teria surgido no encanamento de gás que passa pela parede do banheiro. Os rebocos dos banheiros dos apartamentos logo acima caíram e a parede do apartamento ao lado teve rachadura. A porta da vizinha da frente e janelas de quatro apartamentos de outros dois blocos ficaram danificadas. O subsíndico Alessandro Primo dos Santos afirmou que a Defesa Civil não constatou comprometimento na estrutura da torre de apartamentos, mas o sistema de gás estava interditado até esta sexta-feira (10) nos apartamentos 4, onde houve a explosão, 14, 24, 34 e 44.O cunhado da vítima, o vigilante Alcides Nunes Machado, 49 anos, mora na torre vizinha e foi avisado por outros moradores que ela estava ferida. "Achamos que era aqui. Quando a gente desceu, estava todo mundo com extintor na mão", relatou. Segundo ele, os bombeiros foram acionados, mas como estava demorando um ambulante levou sua cunhada de carro para o Hospital Dr. Celso Pierro, de onde foi transferida anteontem para Limeira. "Ela bateu na porta do apartamento da frente com a explosão e inalou bastante fumaça". A filha de Rosalina, a operadora de acabamento Camila Diniz, de 17 anos, mora no interior de Santa Catarina e pegou ônibus em Joinville para Campinas assim que soube do acidente. "Foi muito rápido. Ela estava falando comigo no celular e desligou avisando que estava chegando em casa. Depois me ligaram contando o que aconteceu" , lembra. A operadora está no apartamento dos tios com a irmã de 11 anos, que mora com a mãe, mas estava na Casa da Criança Paralítica quando a explosão aconteceu.Por conta de toda a situação, a irmã da vítima, a auxiliar de limpeza Maria Lúcia Pereira Machado, 40 anos, pensa em se mudar com a família do condomínio assim que tiver condições. "Não quero mais ficar aqui, mas preciso terminar de pagar. Falaram que se fosse no segundo ou terceiro andar não tinha ficado nada em pé" , desabafou entre lágrimas.Em nota, a Construtora Goldfarb, responsável pelo empreendimento, lamentou o acidente, cuja causa está sendo apurada, e esclareceu que acompanhará e prestará todo o auxílio médico e hospitalar necessários para a moradora, mas questionada sobre vistoria e providências quanto aos danos, a empresa não se pronunciou. A construtora apenas ressaltou que todos os seus empreendimentos são realizados dentro das normas técnicas exigidas por lei.

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