rastreamento

Monitoramento será expandido para 100 cidades

O governo vai expandir para 100 cidades o monitoramento e rastreamento de pessoas que, nas duas últimas semanas, tiveram contato com pessoas infectadas

Maria Teresa Costa
09/07/2020 às 13:52.
Atualizado em 28/03/2022 às 20:27
O projeto piloto que inicia agora já teve uma fase em três cidades voluntárias, Araraquara, São Bernardo do Campo e Bauru (Cedoc/RAC)

O projeto piloto que inicia agora já teve uma fase em três cidades voluntárias, Araraquara, São Bernardo do Campo e Bauru (Cedoc/RAC)

O governo do Estado vai expandir para 100 cidades o monitoramento e rastreamento de pessoas que, nas duas últimas semanas, tiveram contato de pelo menos 15 minutos com pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O projeto piloto que inicia agora já teve uma fase em três cidades voluntárias, Araraquara, São Bernardo do Campo e Bauru. “Vamos expandir essa cobertura para 1,4 milhão de pessoas e orientar o isolamento da população que teve contato com infectados”, disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen. O rastreamento dessas pessoas, segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, ocorrerá mediante adesão dos municípios – o protocolo de adesão, disse, será divulgado nos próximos dias. “A gente pede que as prefeituras possam cada vez mais aderir a esse processo, para podermos fazer um grande projeto de rastreamento e isolamento social no Estado”, disse. Vinholi pediu apoio das prefeituras na mobilização das equipes de vigilância e agentes comunitários e profissionais de saúde para a busca ativa de infectados pelo coronavírus. Patrícia Ellen observou que 98% dos municípios já realizam monitoramento de contactantes e em função disso, nos últimos 15 dias, mais de meio milhão de pessoas foram isoladas e monitoradas pelas equipes de saúde. “Vamos melhorar o resultado desse trabalho que hoje é feito por profissionais de saúde, com ferramentas, protocolos e os dados são trabalhados de forma descentralizada. Para que possamos dar o próximo salto, nós estamos hoje criando uma ferramenta tecnológica para que os municípios aumentem o número de pessoas monitoradas e aumentem a eficiência desse monitoramento”, afirmou.  Os protocolos, disse, passam a ser mais abrangentes para uma cobertura mais segura dos contatos.  A infectologista e virologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Nancy Belei, observou que estamos no início do aprendizado de como conviver com esse vírus. “É possível que em alguns momentos a gente tenha recrudescência de internações e óbitos de forma muito irregular no Estado e no País. Boa parte das transmissões aconteceu em domicílios e a partir do momento que pequenas unidades funcionam como domicílios (trabalho, escritórios), se não tivermos as mesmas medidas e preocupações de isolamento, vamos voltar a ver aumento do número de casos", afirmou.

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