SERVIÇOS PÚBLICOS

Mobilização no Paço de Campinas dá início à greve

Servidores esperam boa adesão em todas as áreas da Prefeitura e Jonas diz estar aberto ao diálogo: população deve ficar atenta para a suspensão de atendimento de serviços

Adriana Leite
31/05/2015 às 21:50.
Atualizado em 23/04/2022 às 11:58
A greve foi declarada ilegal pela Justiça (Dorinaldo Oliveira/ Correio Popular)

A greve foi declarada ilegal pela Justiça (Dorinaldo Oliveira/ Correio Popular)

Os servidores públicos municipais de Campinas marcaram para a partir da 0h desta segunda-feira (1º) o início da greve da categoria e a população deve ficar atenta para a suspensão de atendimento de serviços. Como Prefeitura e os trabalhadores não chegaram a um acordo, os servidores decidiram parar. O sindicato convocou os trabalhadores para uma mobilização a partir das 7h no Paço Municipal e também para assembleia à tarde. Desde a última semana, os sindicalistas panfletaram nas diferentes repartições, unidades de saúde e escolas. A expectativa é de uma boa adesão. Os principais pontos de entraves na negociação são o índice de reajuste salarial e o valor do vale nutricional dos aposentados. A diretora de Imprensa do Sindicato dos Servidores, Rosana Medina, afirmou que o índice de 7,13% oferecido pelo governo, baseado no Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), é menor do que a inflação do período, que seria de 8,36%. “Não podemos aceitar isso. Queremos que o prefeito participe da mesa de negociações.” Ela disse que “nos serviços essenciais”, como a área da Saúde, serão mantidos os 30% de efetivo, conforme determina a lei. Em relação ao vale nutricional dos aposentados, o governo oferece 10% de reajuste para quem não está mais na ativa e também no vale-alimentação dos servidores. Para o vale dos aposentados, o acréscimo será de apenas R$ 20,00. “O benefício foi criado para auxiliar os aposentados. Quem sai da ativa recebe uma aposentadoria muito baixa. É inadmissível o que o governo está oferecendo”, disse Rosana. No último sábado (30), Jonas afirmou que nos últimos dois anos o governo aplicou um aumento de quase 30% no vale-alimentação. “Desde que assumimos, os servidores sempre tiveram reajuste. Nós estamos abertos ao diálogo.” Ele ressaltou que a Prefeitura passa por um momento difícil, com queda de receitas em decorrência do recuo da economia no País. “O momento é complicado, mas apresentamos propostas concretas. Nos últimos dois anos, contratamos 3.400 concursados, aumento de 20% na força de trabalho.” Na última semana, o secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, havia informado que chegou no limite da negociação e que o caminho deve ser a busca da Justiça para que o conflito seja solucionado.

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