Cerimônia também marca a despedida de d.Airton, que se transfere para Mariana, em Minas
Bastante concorrida, cerimônia na Catedral reúne parte do clero campineiro e docentes da universidade (Leandro Ferreira/AAN)
Uma celebração eucarística especial marcou, ontem, os 110 anos de criação da Diocese de Campinas, e os 60 anos de sua elevação a Arquidiocese. O dia 7 de junho — importante no calendário festivo dos católicos — também lembrou os 77 anos da PUC-Campinas. A missa, que lotou a Catedral Metropolitana, ainda marcou a despedida do arcebispo d. Airton José dos Santos, que no próximo dia 23 se transfere para a cidade de Mariana (MG). D.Airton, aliás, presidiu a celebração, acompanhada por bispos e pelo menos 50 padres de toda a região. A saída de d. Airton surpreendeu os católicos. Afinal, ele tomou posse há pouco tempo em Campinas — no mês de fevereiro de 2012 —, logo após a morte de d, Bruno Gamberini. No último mês de abril, no entanto, a Igreja decidiu pela sua transferência para a cidade mineira. O papa Francisco, no caso, aceitou o pedido de renúncia do arcebispo de Mariana, d. Geraldo Lyrio Rocha. Até a mudança efetiva, d. Airton responde como administrador diocesano em Campinas. Após o dia 23, e por um período indeterminado de vacância, as funções serão assumidas por um colégio de consultores formado por sete padres. Segundo nota oficial da Arquidiocese de Campinas, foram seis anos de convivência fraterna e de muitos frutos colhidos. “Um trabalho dedicado, intenso e comprometido com a ação pastoral da Igreja do Brasil. D. Airton será sempre lembrado com carinho e amizade”, conclui o documento. A diocese A história da diocese local começou em 1908. Naquele 7 de junho, uma bula do papa Pio X criou a Província Eclesiástica de São Paulo, que tinha como “sufragâneas” as dioceses de Curitiba (PR), Taubaté, Campinas, Botucatu, São Carlos e Ribeirão Preto. O primeiro bispo da Diocese de Campinas foi d. João Batista Corrêa Nery. Transferido de Pouso Alegre (MG), ele tomou posse como bispo de Campinas no dia 1º de novembro de 1908, na Catedral. Cinquenta anos depois, em abril de 1958, o papa Pio XII criou a Província Eclesiástica de Campinas, elevando a diocese a sede metropolitana, e nomeando d. Paulo de Tarso Campos como primeiro arcebispo. A instalação canônica da Arquidiocese de Campinas se deu em novembro daquele ano. PUC-Campinas A PUC-Campinas nasceu no dia 7 de junho de 1941, quando monsenhor Emílio José Salim, designado por dom Francisco de Campos Barreto para organizar o processo de aprovação das Faculdades Campineiras, obteve parecer favorável do Conselho Nacional de Educação para a instalação e funcionamento de oito cursos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Em 15 de agosto de 1955, as Faculdades Campineiras passaram a se denominar Universidade de Campinas. A cidade, aliás, foi a primeira cidade do interior do País a possuir uma universidade. A instalação definitiva do complexo educacional se deu em 14 de março de 1956, com a nomeação do monsenhor como reitor. O reconhecimento canônico, que a nomeou oficialmente como Universidade Católica, aconteceu em março de 1957. E o outro título honorífico, “Pontifícia”, chegou em 1972,.