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Ministro garante 'Dia D' da vacinação

Informação foi divulgada ontem em audiência articulada pela Frente Nacional de Prefeitos

Da Agência Anhanguera
15/01/2021 às 07:34.
Atualizado em 22/03/2022 às 11:53
São 6 milhões de doses para uso emergencial produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo (Leandro Ferreira/Cedoc/RAC)

São 6 milhões de doses para uso emergencial produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo (Leandro Ferreira/Cedoc/RAC)

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem, que o Dia D, é o próximo dia 20 de janeiro, e a hora H é às 10h, para o começo da vacinação nacional contra a Covid-19. A informação foi passada ontem em uma audiência articulada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com mais de 130 governantes das maiores cidades do País. De acordo com o Ministério da Saúde, com a aprovação da Anvisa, até domingo, serão distribuídas 8 milhões de doses ainda em janeiro. A informação foi confirmada por Jonas Donizette (PSB), ex-prefeito de Campinas e presidente da FNP. O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), participou da reunião de forma virtual.

De acordo com o ministro, neste final de semana vão chegar as 2 milhões de doses da Astrazeneca, somando-se as 6 milhões de doses para uso emergencial produzidas pelo Butantan. “Até segunda-feira essas doses estarão nos estados e partir dali farão a logística aos municípios”, disse. Conforme o ministro, a distribuição será “de forma proporcional e equitativa dentro dos grupos predeterminados (idosos em casas de longa permanência, profissionais da saúde e indígenas aldeados com mais de 18 anos).

Contudo, após a reunião, o governo não confirmou a data porque o voo que partiria de Campinas ontem para buscar as vacinas na Índia, sofreu uma reprogramação. Por conta disso, ainda não há nova previsão de quando o voo retorna ao País com o imunizante. Porém, o governo ainda não informou se manterá o início da vacinação ou não.

Apesar da especulação de que as doses iniciais seriam apenas para as capitais, a vacinação começará em todo o Brasil. Para 2021, segundo o assessor especial do Ministério da Saúde, Aírton Cascavel, já estão contratadas 354 milhões de vacinas, que chegarão de forma escalonada. Ainda de acordo com Cascavel, após as 8 milhões de doses de janeiro, a previsão é de 30 milhões para fevereiro e 80 milhões para abril, assim por diante.

O presidente da FNP, em entrevista, disse que as doses serão distribuídas para 5 milhões de brasileiros, devido às particularidades nos intervalos de aplicação da segunda dose. A Astrazeneca tem um intervalo maior de três meses e a CoronaVac três semanas. “Todas as cidades receberão as duas vacinas”, completou.

“Temos que comemorar. Em primeira mão, para nós, prefeitos, quarta-feira, às 10h, começa a vacinação”, afirmou Jonas, que liderou o encontro. Esclarecendo algumas dúvidas, como a do prefeito reeleito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), ele reiterou que a iniciativa privada poderá adquirir vacinas, para além das 354 milhões doses do governo que, conforme Jonas, as ações do “poder público são centralizadas no governo federal”.

Durante o encontro, prefeitos como João Campos (PSB), de Recife, e José Sarto (PDT), de Fortaleza, chamaram a atenção para a importância de priorizar também os profissionais de Educação. No entanto, nesse primeiro momento, o governo federal recusou o pleito, alegando a quantidade e a existência de grupos “muito mais prementes”, como colocou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.

“O Brasil tem experiência de vacinação, sabe fazer vacinação”, declarou o prefeito reeleito de Aracaju/SE, Edvaldo Nogueira, relembrando a expertise história do país no assunto. “Para mim, esse é um dia histórico”, disse.

Grupo de Trabalho

A instituição de um grupo de trabalho, composto pelo ministro, e por uma comissão de prefeitos integrada pelo presidente da FNP e por um prefeito por região do país. Este foi um pleito apresentado por Donizette, para reuniões periódicas, a cada dez dias, de monitoramento do Plano Nacional de Vacinação. “Não é só começar a vacinar. Tem todo o decorrer do dia a dia. É um canal direto para que prefeitos possam resolver problemas que forem surgindo”, afirmou. (com informações da Frente Nacional de Prefeitos)

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