PREPARAÇÃO

Militares integram força humanitária em Roraima

São ao menos 57 integrantes dos quartéis do Exército da cidade

Alenita Ramirez
21/11/2020 às 10:15.
Atualizado em 27/03/2022 às 00:05
A Operação Acolhida é destinada a receber e cuidar dos venezuelanos que cruzam a fronteira com o Brasil (Divulgação)

A Operação Acolhida é destinada a receber e cuidar dos venezuelanos que cruzam a fronteira com o Brasil (Divulgação)

Ao menos 57 militares dos quartéis do Exército que ficam em Campinas vão integrar a primeira fase do 10º contingente da Força-Tarefa Logística Humanitária para o estado de Roraima, entre janeiro e abril de 2021. No total, 431 militares do Comando Militar do Sudeste (CMSE) — que abrange o estado de São Paulo — participam da Operação Acolhida, que tem o objetivo de prestar acolhimento a imigrantes venezuelanos na fronteira com o país vizinho e, posteriormente, realizar a interiorização deles. Os militares iniciam o embarque para Roraima em 3 de janeiro e permanecerão. Esta é a segunda vez que o comando em São Paulo envia tropa para atuar nesta operação. Entre abril e agosto do ano passado, o CMSE enviou 450 militares para comporem o 5°Contingente. Segundo o comando, desde o início da Operação Acolhida, em março de 2018, mais de quatro mil militares foram envolvidos. Para participar da ação, nesta semana os militares passaram por um treinamento, que incluiu palestras de ambientação sobre as características do local de atuação, instruções sobre as atividades do posto de triagem e de saúde, a rotina dos abrigos e as formas de interiorização, além de um exercício de simulação. "Os militares serão capacitados para atuar nos três pilares da operação: acolhimento, abrigamento e interiorização", frisou o porta-voz do CMSE, Coronel Vladimir Tadeu Ferreira Julio, futuro chefe do Estado-Maior Conjunto do 10º contingente da Força-Tarefa Logística Humanitária para o estado de Roraima. A preparação contou com o apoio de agências como o Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUR) e a Organização Internacional de Migração (OIM), além da experiência de militares do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil. O efetivo foi dividido em seis grupos de instrução, para preservar o distanciamento social e evitar aglomerações, conforme orientações do Comando de Operações Terrestres sobre medidas de prevenção à Covid-19. Objetivo Iniciada em março de 2018, a Operação Acolhida é destinada a apoiar, com pessoal, material e instalações, a organização das atividades necessárias ao acolhimento de venezuelanos em situação de vulnerabilidade que chegam ao Brasil, em especial pelo estado de Roraima. Eles são acolhidos em instalações nos municípios de Boa Vista e Pacaraima, onde o Exército faz o trabalho de interiorização destes imigrantes para outros estados brasileiros, com a participação de organizações militares de todas as regiões. Em maio deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Exército Brasileiro na Operação Acolhida. Uma carta enviada pelo Coordenador Residente da ONU, Niky Fabiancic, destacou o compromisso e a dedicação da Força Terrestre na missão de apoio aos imigrantes e refugiados venezuelanos.

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