Detenções aconteceram na manhã desta quarta, no quartel do 28º Batalhão de Infantaria Leve, em Campinas
A Polícia Civil prendeu dois integrantes do Exército. Os militares são investigados como fornecedores de armas e munições para quadrilhas especializadas em roubo a bancos e explosões de caixas eletrônicos.
As detenções aconteceram na manhã desta quarta-feira (06) no quartel do 28º Batalhão de Infantaria Leve, em Campinas. A ação foi desfechada por integrantes da 5ª Patrimônio (Delegacia de Investigações sobre Roubo a Bancos) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). A equipe apreendeu cartuchos calibre 7.62mm com um dos acusados. O material era desviado durante treinamento de tiro.
Segundo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, titular da 5ª Patrimônio, a descoberta do envolvimento entre os militares e os criminosos surgiu durante apuração de explosões de caixas eletrônicos em cidades do Interior de São Paulo. As investigações possibilitaram as prisões de três integrantes da quadrilha. O trio acabou detido em 18 de fevereiro quando se deslocava para um novo ataque.
O próximo passo foi identificar os fornecedores de munições aos criminosos. As investigações apontaram o sargento Ivan Carlos dos Santos, de 40 anos, como responsável por desviar os projéteis do quartel. O intermediário entre ele e os bandidos era o soldado Geraldo Júnior Rangel dos Santos, de 21 anos. Os dois acabaram detidos na manhã desta quarta-feira, na unidade militar no bairro do Chapadão.
As equipes da 5ª Delegacia e da Polícia do Exército também realizaram busca na casa dos envolvidos. No local encontraram 170 cartuchos de diversos calibres. “Os militares cobraram, em média, R$ 10 por munição. Também ofereciam pistolas calibre 9mm por R$ 4.300”, disse o delegado Pinheiro Lopes.
O delegado explicou que o sargento era responsável pela liberação da munição junto ao paiol do quartel. O material servia para treinamento, mas parte era desviada. Ele é militar há 21 anos.