Milhares tentam chance no Royal Palm

Mais de 2 mil pessoas formaram uma longa fila em frente ao hotel Royal Palm Plaza na manhã de ontem após o anúncio da abertura de 100 vagas para o centro de convenções que será inaugurado em junho. Todas as segundas-feiras, das 8h às 11h, o time de seleção do grupo Royal Palm Hotels & Resorts recebe currículos pessoalmente na sala de exposições da Casa de Campo do hotel, mas ontem a procura foi acima da média porque as contratações ocorrerem já no mês que vem. Além das 100 novas vagas, o grupo também preencheu outras oportunidades internas com o objetivo de dar uma chance de crescimento e aprendizado a seus funcionários. Segundo a diretora de Recursos Humanos do grupo, Angela Landmann, em muitas das vagas, especialmente na cozinha, não é exigida experiência. “O que prezamos nesses casos é o comportamento e perfil, que devem corresponder à nossa cultura da excelência. Proatividade, facilidade de trabalhar em equipe e identificação com o atendimento ao público são essenciais. A vontade de aprender e crescer também é levada em consideração”, ressalta. O empreendimento inaugura em junho o centro de convenções Royal Palm Hall. As mais 100 oportunidades de emprego decorrentes do novo espaço são para cozinha, manutenção, governança e, principalmente em A&B (Alimentos e Bebidas). Carreiras Marcos Gomes da Silva teve uma infância e adolescência simples em Hortolândia. Quem o vê elaborando os sofisticados cardápios do sofisticado hotel Royal Palm Plaza em Campinas, não ao imagina que tudo que ele costumava comer até começar a trabalhar no local, há 17 anos, era arroz, feijão, bife e ovo. Hoje com 42 anos, e ainda sem abandonar por completo os velhos hábitos na alimentação mesmo com as oito promoções no emprego e sua consequente mudança de status na cozinha do hotel, Silva é um dos responsáveis por tentar agradar hóspedes com paladares de diferentes partes do Brasil e do mundo que frequentam o resort. “Quando comecei, eu cuidava da limpeza da cozinha, lavava pratos, passava pano no chão. Procurava fazer meu serviço o mais rápido possível para sobrar tempo para ficar no pé dos cozinheiros e aprender mais. Aos poucos fui crescendo, o próprio hotel me ajudou a cursar uma faculdade de gastronomia, e hoje nem acredito onde cheguei” , conta o atual subchefe de cozinha. A história de Silva é só uma entre tantas que o hotel cinco estrelas tem para contar. O choque de realidade para quem inicia sua trajetória profissional logo num ambiente cercado de glamour até assustou Thiago Correia das Virgens, de 31 anos, que é maître de restaurante do hotel e entrou na empresa assim que completou 18 anos. “Tive uma criação muito simples, nada sofisticado como o que vejo hoje. Foi um choque de realidade. Eu até ficava perdido porque o hotel é muito grande”, conta ele, criado no Jardim São José, em Campinas. O desafio e o sonho de trabalhar num dos hotéis mais requintados do Brasil, que, entre outros hóspedes ilustres, abrigou o famoso jogador de futebol Cristiano Ronaldo e a seleção portuguesa na Copa do Mundo de 2014, é o que motiva milhares de pessoas a buscar as concorridas vagas para diferentes áreas.