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Meta é atingir mais de 300 mil pessoas

A Campanha de Vacinação Nacional contra a Influenza começa na próxima quarta-feira. A Prefeitura de Campinas espera vacinar pelo menos 90%

Francisco Lima Neto
07/04/2019 às 13:35.
Atualizado em 04/04/2022 às 10:42

A Campanha de Vacinação Nacional contra a Influenza começa na próxima quarta-feira. A Prefeitura de Campinas espera vacinar pelo menos 90% das 344.274 pessoas classificadas como público-alvo na cidade. Neste ano, a Secretaria de Saúde vai seguir o escalonamento de vacinação recomendado pelo Estado de São Paulo e pelo Ministério da Saúde, segundo o qual serão mobilizados, de 10 a 20 de abril, os grupos prioritários de crianças (6 meses a 5 anos 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) para a vacinação contra a gripe. Antes a vacina era indicada apenas para crianças de seis meses a menores de cinco anos. Do dia 22 de abril até 31 de maio, a vacinação contra a Influenza ocorrerá com a mobilização de todos os grupos prioritários (crianças, gestantes, puérperas, idosos, professores, trabalhadores de saúde, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais). Já o “Dia D” de mobilização nacional será no sábado, 4 de maio. Os locais e horário de vacinação no Dia D serão disponibilizados na página http://www.campinas.sp.gov.br/. A estimativa da população do público prioritário é de 272.758 pessoas e mais 71.516 pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, como pessoas com HIV ou em terapia para câncer, por exemplo. “É importante que os grupos prioritários fiquem atentos às datas de escalonamento. Quanto antes tomarem a vacina, mais cedo começa a produção de anticorpos”, afirma Gabriela Marchesi, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa). De acordo com Gabriela, a vacina contra a gripe é “constituída por vírus inativados, fragmentada e purificados, portanto, não contêm vírus vivos e não causam a doença”. A vacina protege contra as gripes A (H1N1 e H3N2) e B. Em 2018, a cobertura da campanha de vacinação contra a gripe atingiu 86,26% do público-alvo. Vacina Lilian Terra, médica sanitarista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestre e Saúde Pública pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que a vacina pode ser tomada sem medo. "A vacina é muito segura. Muitas pessoas deixam de se vacinar, e isso tem acontecido recentemente por conta de boatos com associação de vacinas com o autismo ou outras doenças, e a vacina de gripe, na verdade, é muito segura", afirma. Segundo ela, a vacina tem pouquíssimos efeitos colaterais, que são locais, como uma pequena dor e vermelhidão, que passam rápido com uma compressa gelada. A médica avalia que é muito importante que os grupos prioritários se imunizem pois a gripe é diferente do resfriado. "A gripe tem sintomas muito mais intensos. Ela pode se agravar bastante, mesmo em pessoas previamente saudáveis, e evoluir para um quadro de pneumonia ou síndrome respiratória grave, precisar de internação, precisar de UTI e até levar ao óbito", ressalta. De acordo com a especialista, o País tem um excelente programa de imunização, justamente para que todos tenham acesso. "A imunização nunca é 100%. Mas, quando a gente não tem a maioria da população vacinada, as chances de uma pessoa que foi vacinada pegar é um pouco maior do que se a imunização for em massa", diz. Ela explica que isso é chamado de Imunidade de rebanho. "Se uma pessoa na casa não pode vacinar porque tem alergia à vacina — que é a única contra-indicação —, se todo mundo da casa vacina, aquele vírus não vai circular na casa. A chance da pessoa que está desprotegida ter a doença é baixa", afirma. A sanitarista termina reforçando a segurança da vacina. "É bem importante as pessoas entenderem a segurança da vacina, que é muito grande. Outra coisa é não confundir gripe com resfriado. Às vezes, a pessoa vacina contra a gripe, mas tem vírus de resfriado circulando, que dão um leve mal-estar, febre baixa e acha que é por causa da vacina. Gripe quem já teve sabe que é totalmente diferente", concluiu. SAIBA MAIS Quem deve se vacinar contra a gripe Crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias Gestantantes e mulheres até 45 dias após o parto Idosos a partir dos 60 anos Professores Trabalhadores da Saúde População privada de liberdade Funcionários do sistema ri sional Portadores de doenças crônicas não transmissíveis Pessoas com condições clínicas especiais, como pessoas com HIV e em terapia contra câncer.

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