Mercado Popular deve ficar pronto em 2020

O novo Mercado Popular de Campinas deverá ficar pronto somente em 2020. A informação foi divulgada ontem pelo secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, durante o evento da assinatura do documento que autoriza a transferência dos camelôs do entorno do Terminal Central para um antigo galpão da Fepasa — próximo à Rodoviária. A área total do espaço, que inclui o espaço em volta do barracão, é de 18 mil m². De acordo com Barreiro, a proposta para a implantação do prédio ainda precisa ser melhor desenvolvida e discutida com os camelôs. “Nós já temos uma ideia concebida do espaço. Agora o que vamos fazer é validar essa ideia, desenvolver o projeto executivo e executar a obra de uma maneira bastante coordenada para que tudo se acomode dentro do tempo correto. Então, no horizonte desses dois anos deverá estar tudo pronto”, destacou. Pelo cronograma estipulado pela Prefeitura, as obras de transferência dos camelódromos deverão ser entregues em uma data próxima da inauguração do BRT, que também deve ocorrer em 2020. Segundo Barreiro, a Emdec vai utilizar a parte da área do Terminal Central para acomodar as linhas dos Ônibus de Transporte Rápido. “Para que isso aconteça, esse terminal terá que passar por uma enorme revitalização, principalmente nas áreas que são destinadas às plataformas de ônibus, onde nós teremos que mexer bastante”, explicou o secretário. Questionado sobre o que acontecerá com os comerciantes que hoje possuem seu “puxadinho” na região central, o secretário foi firme e disse que nenhum deles será prejudicado com a ação, pois todos estão localizados na área que envolve apenas o entorno do Terminal Central. “Essa área não será impactada pela chegada do BRT, porque nós vamos mexer somente na parte interna que é destinada aos ônibus. Então, dá para ter uma convivência conjunta mesmo com a chegada do BRT”, esclareceu Barreiro, que ainda disse que a entrada das novas linhas do sistema de ônibus vai mudar bastante a característica do uso do terminal. “Por isso é importante que a gente faça essa coordenação conjunta dos novos espaços, para que tudo seja feito na mesma época”, ressaltou. Burocracia Vale lembrar que o local do novo camelódromo de Campinas demorou seis anos para receber um parecer favorável do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A transferência do terreno esbarrou em um processo burocrático, pois o galpão pertencia à extinta Rede Ferroviária e não ao Dnit, o que dificultou a concessão à Prefeitura. Com o imbróglio resolvido, a presidente do Sindicato dos Empreendedores Individuais, Zezé Massaioli, definiu a decisão e a assinatura do documento como uma vitória da categoria. Questionada sobre qual seria o formato ideal do novo local, ela respondeu que ainda prefere esperar a apresentação da proposta idealizada pela Prefeitura. Zezé comentou ainda que a única transferência prevista até o momento envolve os boxes da Rua Jaime Pinheiro de Ulhôa Cintra, que sofre bastante com baixo fluxo de consumidores. “Acredito que essa mudança será importante, porque o fluxo de pessoas que pegam ônibus no Centro vem diminuindo, e com isso, o comércio da região perdeu força também. Acreditamos que uma mudança de local fará bem para todos”, disse o presidente do sindicato. A mudança de local de parte dos camelôs de Campinas é vista com bons olhos pela Prefeitura, que acredita que conseguirá ter um maior controle na fiscalização da venda de produtos piratas na cidade. Segundo a Prefeitura, o novo espaço cedido pelo Dnit poderá ser usado pela cidade por um prazo prorrogável de 20 anos.