Campinas perdeu vagas no comércio em julho. O mês terminou com 97 postos de trabalho formal fechados, resultado de 2.501 admissões contra 2.598 desligamentos. Em agosto, o saldo ficou positivo em 94 vagas. Já no acumulado do ano, foram 1.428 vagas encerradas no comércio de Campinas. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve melhora, já que nos primeiros sete meses de 2018 foram fechadas 1.900. O dado é da pesquisa de emprego no varejo do SindiVarejista em parceria com a FecomercioSP. Em julho, os setores que mais fecharam vagas foram as concessionárias de veículos com 38 vagas cortadas e as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, com redução de 182. Já o melhor resultado é do varejo supermercadista que admitiu 106 pessoas. Já nos primeiros sete meses do ano, os setores que mais demitiram foram as lojas de vestuário, tecido e calçados com o encerramento de 838 vagas. Apesar do número alto de demissão, a presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito, afirmou que é natural que o comércio tenha nos primeiros meses do ano saldo negativo de vagas. “Isso ocorreu devido à massiva dispensa, no primeiro trimestre, dos temporários contratados para o Natal”, afirmou. A presidente também destacou que, ainda assim, temos em 2019 uma situação mais amena que a vista no acumulado dos seis primeiros meses do ano passado. “A inflação baixa, estabilização de endividamento e inadimplência e queda de juros têm dado tons menos pessimistas ao cenário. Tanto que a expectativa para o comércio varejista do município é que no segundo semestre tenhamos saldo positivo, isto é, mais admissões que desligamentos e que este saldo sobreponha as perdas do primeiro semestre”, analisou. O mercado de trabalho do comércio varejista de Campinas é formado por 69.618 vínculos formais, sendo que os supermercados correspondem por 30% do total de empregos.
