A elefanta deverá desembarcar em Viracopos por volta das 6h30, no pátio de aeronaves, vinda do Chile
O Aeroporto de Viracopos, em Campinas, preparou um esquema especial para receber a elefanta Ramba – que sofreu maus tratos no cativeiro e que foi trazida do Chile e será levada para um santuário de elefantes no Mato Grosso. Chamada de Ramba, a elefanta , deverá desembarcar em Viracopos por volta das 6h30 no pátio de aeronaves, vinda de Rancagua, no Chile, em um Boeing 744. Depois de uma viagem de quase três horas de voo, Ramba vai descansar e se alimentar, antes de seguir para uma outra viagem ainda mais longa via terrestre, em uma carreta, para o Santuário de Elefantes do Brasil, que fica na Chapada dos Guimarães (MT). A operação especial preparada por Viracopos visa dar toda a segurança, agilidade e eficiência à operação de desembarque da Ramba. Com equipe de 30 pessoas, a operação deve levar até seis horas, contadas a partir da chegada da aeronave até a liberação do processo de importação. Na operação serão usados diversos equipamentos tais como um guindaste de até 30 toneladas, além de empilhadeiras, dolly e trator pushback. Para o diretor de Operações de Viracopos, Marcelo Mota, este tipo de operação é um grande desafio, mas Viracopos tem a expertise necessária agir com eficiência, segurança e agilidade nos mais variados tipos de operações de carga. “Não é à toa que Viracopos recebeu, no ano passado, o título de Melhor Aeroporto de Carga do Mundo, em sua categoria”, completou o diretor. A Ramba é uma elefanta asiática adulta, com idade aproximada de 53 anos, e que sofreu diversas maldades humanas em sua vida de cativeiro. Pesando aproximadamente 3.600 quilos, agora ela terá a vida digna que merece no Santuário. Após vários anos da parceria e de trabalho do Global Sanctuary for Elephants (GSE) e da organização Ecópolis do Chile, Ramba terá um novo lar no Brasil em um habitat para fêmeas asiáticas no SEB, onde já vivem as elefantas Maia e Rana. O Santuário de Elefantes Brasil, organismo independente, sem fins lucrativos e absolutamente voltado para a recuperação e tratamento de elefantes resgatados de cativeiro, há seis anos instalados no Brasil, está em sua segunda administração. Desde julho de 2018, o Santuário é presidido por Scott Blais, conhecido e respeitado, mundialmente, como uma das maiores autoridades em elefantes, e sua esposa sra. Katherine Blais, que têm dedicado sua vida ao único objetivo de resgatar e cuidar de elefantes em situação de risco na América do Sul, que para isso, residem no próprio Santuário. Além deles, há alguns voluntários que, sem nenhum benefício, ajudam, no que podem, a viabilizar o projeto. “Como acontece com todos os animais, o comportamento de Ramba pode mudar drasticamente, dependendo de seu conforto emocional e seu bem-estar físico. Ramba é calma e curiosa. Adora brincar. Ela preza muito sua equipe de tratadores, mas não aprecia contato físico. Se precisássemos resumi-la, diríamos que Ramba é notável, analítica e dócil. Ela é cooperativa, resignada e incrivelmente estável”, disse o presidente do Santuário, Scott Blais. “Chegou o momento de proporcionar a essa doce vovozinha uma nova vida, com muito espaço para exploração, autonomia para tomar suas próprias decisões, e o mais importante, a companhia de outros elefantes”, completou o presidente do Santuário.