PROGRAMA FEDERAL

Médicos vão para áreas vulneráveis

Nove profissionais selecionados para Campinas serão distribuídos cada um em um posto da periferia

Bruna Mozer
20/08/2013 às 08:37.
Atualizado em 25/04/2022 às 04:52
Recepção do Centro de Saúde do Boa Vista, um dos nove que receberão um profissional extra selecionado pelo programa Mais Médicos (Rodrigo Zanotto/Especial para a AAN)

Recepção do Centro de Saúde do Boa Vista, um dos nove que receberão um profissional extra selecionado pelo programa Mais Médicos (Rodrigo Zanotto/Especial para a AAN)

Os nove profissionais que virão para Campinas pelo programa Mais Médicos, do governo federal, foram distribuídos cada um em um centro de saúde bairros periféricos da cidade: Boa Vista, Vila Vitória, Jardim Lisa, Fernanda, Campo Belo, Jardim Aurélia, Floresta, Oziel e Santa Lúcia. As unidades foram informadas ontem pela Prefeitura ao Ministério da Saúde. Os cinco médicos brasileiros chegam no próximo dia 2. Os quatro estrangeiros — dois deles, brasileiros formados no Exterior — assumem somente no final do mês, após passarem por treinamento nas capitais.Essas unidades foram escolhidas a partir dos critérios de vulnerabilidade de cada região. Segundo a diretora da Secretaria de Saúde, Maria Luiza Ardinghi Brollo, foi levado em consideração o déficit de médicos para compor a equipe do Programa de Saúde da Família (PSF); o índice de pessoas com doenças crônicas — como diabete e hipertensão —, além do número de moradores atendidos na área. “Consideramos os lugares em que a quantidade de pessoas atendidas, principalmente, crianças, é alta em relação às equipes”, disse Maria Luiza.Os funcionários das unidades ainda não foram informados sobre a chegada dos profissionais, mas afirmam a necessidade de reforço na equipe. No Centro de Saúde do Boa Vista, a sobrecarga de trabalho é alta e o quadro de médicos incompleto. Essa é a mesma situação do Jardim Santa Lúcia, onde faltam profissionais em vários dias da semana. ContrataçõesOs médicos “importados” ainda passarão por um treinamento de duas semanas que será realizado em várias capitais. Para exercer a função nos centros de saúde, eles também serão acompanhados por funcionários da Prefeitura de Campinas, para garantir a adaptação à cidade e ao sistema de trabalho brasileiro. Os profissionais serão custeados pelo governo federal, com salário de R$ 10 mil, mais auxílio-moradia.A Região Metropolitana de Campinas (RMC) receberá 29 profissionais para trabalhar pelo programa. São 14 médicos brasileiros e outros 15 formados no Exterior ou estrangeiros.Na primeira fase de seleção encerrada no início de agosto, 13 médicos (todos do Brasil) haviam confirmado a vinda para a região. O prazo foi estendido pelo Ministério da Saúde e dada a chance aos profissionais de fora, que permitiu o aumento desse número. Indaiatuba é a cidade que mais receberá médicos “importados”: quatro estrangeiros e mais quatro brasileiros — dois com diploma de outro País.Próxima etapaA segunda chamada para o Mais Médicos foi aberta ontem para as prefeituras e aos profissionais que não aderiram ou não completaram sua inscrição na primeira fase do programa. O prazo para demonstrar interesse é até o dia 30 deste mês. O edital para médicos será reaberto todo mês durante três anos ou até que a demanda apresentada pelos municípios seja atendida. Já para as prefeituras, após essa chamada, a previsão é de que seja aberto novo edital somente no final do ano.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por