Demais funcionários também estão em estado de greve
Assembleia de funcionários, quinta-feira, em frente ao Hospital Ouro Verde (Divulgação)
Os médicos do Hospital Ouro Verde entram em greve a partir das 7h desta sexta-feira, conforme deliberação da categoria no último dia 19. O presidente do Sindicato dos Médicos, Casemiro Reis, informou que o atendimento de urgência e emergência e dos pacientes internados na UTI estará garantido, mas as consultas ambulatoriais serão suspensas. Ao longo da semana, informou, as equipes tentarão esvaziar a ala de internação. Os demais funcionários da unidade entraram em estado de greve quinta-feira. De acordo com Reis, a greve ocorre pelas condições de trabalho e atrasos nos pagamentos. O hospital tem 350 médicos, dos quais 180 são contratados pela CLT. O médico afirmou que com a intervenção da Prefeitura no hospital a melhora nas condições de trabalho foi pouco significativa, mas que desde o início do mês a situação piorou muito. “Em relação a insumos e cobertura de plantões, a situação está pior do que na época da Vitale (a OS que fazia a gestão do Ouro Verde)”, disse. Os médicos que são contratados como pessoas jurídicas não receberam os meses de agosto e outubro e a Prefeitura, segundo ele, não saldará essa dívida, que é da gestão da Vitale. Receberam em novembro, mas não dezembro e janeiro. Os CLTs também têm atraso no pagamento e a notícia de que haverá demissão, porque a Prefeitura não terá como absorver os funcionários por causa da lei de responsabilidade fiscal, acabou deflagrando o processo de greve. Assembleia Os demais funcionários do Hospital Ouro Verde entraram quinta-feira em estado de greve. A decisão ocorreu durante uma assembleia no período da manhã, com o Sindicato dos Servidores da Saúde (SinSaúde), em frente à unidade hospitalar. A ação tem como motivo a possível demissão em massa dos 1,5 mil servidores da unidade e a falta de insumos e de condições de trabalho. “A situação está crítica no hospital e não podemos ficar do jeito que está sem um plano de recontratação” , disse o diretor do sindicato Paulo Sérgio Pereira da Silva. De acordo com Silva, a possibilidade de demitir os trabalhadores foi anunciada anteontem pelo presidente do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, Marcos Pimenta. Pimenta disse que a demissão em massa não é uma novidade, já que é sabido que os funcionários fazem parte do quadro da Vitale e não da Prefeitura. “O contrato com a OS está suspenso e será rescindido em breve, em 30 ou 90 dias. E quando acontecer, infelizmente haverá demissão”, explicou.