nesta sexta-feira

Médicos decidem se manterão paralisação

Assembleia, com representantes da Prefeitura e do complexo hospitalar do Ouro Verde, ocorrerá às 19h

Henrique Hein
henrique.hein@rac.com.br
02/03/2018 às 07:31.
Atualizado em 22/04/2022 às 15:00

Greve no Ouro Verde: durante a semana, apenas os atendimentos aos setores de urgência, internação, ambulatorial e pós-operatório funcionaram (Cesar Rodrigues/AAN)

Os médicos do Hospital Ouro Verde em Campinas decidem nesta sexta-feira, às 19h, em mais uma assembleia com representantes do complexo hospitalar, se manterão ou não a greve iniciada na sexta-feira passada. Na última quarta-feira não houve acordo entre as partes, e, por causa disso, a paralisação foi mantida. Durante a semana, apenas os atendimentos aos setores de urgência, internação, ambulatorial e pós-operatório continuaram funcionando, enquanto as cirurgias e consultas eletivas ficaram suspensas. Os grevistas afirmam que dessa vez esperaram chegar a um acordo com os órgãos responsáveis pela administração do hospital. A categoria informou ainda que uma audiência no Ministério Público do Estado de São Paulo ocorrerá hoje, às 14h, para debater as atuais condições de trabalho dos funcionários, bem como a questão do abastecimento de insumos no complexo hospitalar. Às 15h, também acontecerá uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT). O objetivo visa abordar pontos específicos da greve com a Prefeitura de Campinas. Os médicos reivindicam o pagamento imediato de todos os salários atrasados: quatro, segundo os grevistas. Eles também exigem uma garantia da Prefeitura de que os insumos de materiais e medicamentos usados na unidade sejam repostos. Segundo o Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed), existe uma oscilação muito grande no fornecimento destes produtos, o que tem colocado em risco a segurança dos trabalhadores e também da população atendida. A Prefeitura rebateu e salientou que não há falta de insumos no hospital, mas que, assim como em qualquer outra empresa, podem ocorrer apenas algumas faltas pontuais, que são sempre repostas. O sindicato que defende a categoria informou ainda querer uma garantia da Prefeitura de que os 1,5 mil funcionários, que correm risco de demissão em massa com o término do contrato entre a Prefeitura com a OS Vitale, tenham seus respectivos cargos mantidos. Quarta-feira, uma audiência marcada para selar um acordo entre as partes no Ministério Público do Trabalho precisou ser remarcada para sexta-feira, porque a Prefeitura não compareceu. De acordo com a administração municipal, o motivo da ausência foi a falta de horário na agenda dos representes municipais. Em nota, o Sindimed reforçou que espera que a Prefeitura esteja presente na audiência de hoje do MPT e que torce para que um acordo seja assinado e a greve termine o mais rápido possível. “Os médicos terceirizados, que totalizam 60% do corpo clínico do Ouro Verde, querem ao menos receber seus salários. Isso se estende para o quarto mês em atraso, sem contar os que caminham para o oitavo mês”, informou o documento. Na quarta-feira, o diretor-presidente do Hospital Dr. Mário Gatti e o presidente provisório do Ouro Verde, Marcos Pimenta, negou ao Correio que os pagamentos e os insumos estejam em falta no hospital. Para ele, a greve possui interesses políticos e não salariais. “Não entendemos o motivo da greve e vamos tomar todas as medidas cabíveis. As cirurgias eletivas serão remarcadas”, disse. Na próxima segunda-feira, o diretor-presidente deve se reunir com os representantes do sindicato para discutir um projeto que prevê como serão realizadas as possíveis rescisões.

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