PROTESTOS

Mário Gatti: médicos ameaçam greve para próxima semana

Profissionais podem parar na próxima 2ª se prêmio no salário não for estendido

Inaê Miranda
inae.miranda@rac.com.br
17/09/2013 às 08:38.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:51

Em assembleia ontem, médicos do Mário Gatti decidiram esperar rodada de negociações no Ministério do Trabalho, nesta quinta-feira ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

Os médicos do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas, entraram em estado de greve na segunda-feira (16) e ameaçam cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira caso o prêmio-produtividade não seja estendido a todo o quadro de 465 profissionais da instituição. O prêmio, que varia de R$ 3,5 mil a R$ 4,6 mil, hoje é pago aos médicos dos setores de urgência e emergência do município, mas 198 profissionais do Mário Gatti ficaram de fora. Em assembleia ontem, eles decidiram aguardar uma segunda rodada de negociação com o Ministério Público do Trabalho, prevista para quinta-feira, para decidir se decretam greve.De acordo com a médica infectologista Márcia Teixeira Garcia, os médicos tentam negociar com a atual Administração há três meses, mas até o momento não têm uma resposta concreta. “Todos os médicos do município recebem, exceto metade dos médicos do Mário Gatti, e não queremos tratamento discriminatório.” Ela defendeu que o Mário Gatti é basicamente um hospital de urgência e emergência, que toda a rede trabalha em uma engrenagem e que não dá para diferenciar urgência e emergência num hospital que é responsável por 60% desse tipo de atendimento em Campinas.Márcia deu como exemplo um paciente soropositivo que chega na emergência e é atendido por um médico infectologista ou uma paciente com politraumatismo que recebe os cuidados de vários especialistas. “O traumatismo cranioencefálico vai ser operado pelo neurocirurgião. As fraturas múltiplas que porventura esse paciente tenha sofrido vão ser operadas pelo ortopedista. O trauma abdominal vai ser tratado pelo cirurgião geral, mas, de todos esses profissionais, apenas o anestesista vai receber o prêmio-produtividade”, afirmou.Os médicos já haviam ameaçado entrar greve esta semana, mas após uma segunda rodada de negociação proposta pelo Ministério Público do Trabalho, na quinta-feira, às 13h30, eles decidiram aguardar. Segundo Márcia, os profissionais já prepararam faixas, além de panfletos para distribuírem para a população ainda hoje. “Não queremos prejudicar os pacientes, mas dessa vez houve uma atitude inaceitável da Prefeitura”, afirmou. Em assembleia marcada para às 11h da próxima segunda, os médicos vão discutir o que foi tratado na reunião com o MPT e definir se entram em greve ou não. “Como a Prefeitura não tem proposta nenhuma, existe a grande possibilidade de decretarmos greve.”A Secretaria de Saúde afirma que o pagamento desses profissionais implica na lei de responsabilidade fiscal, mas garante que está conversando com o Sindicato dos Servidores Municipais, que reconhece ser o legítimo defensor dos direitos dos médicos do Mário Gatti, para encontrar uma solução. A direção do hospital afirmou que reconhece que todos os médicos merecem o prêmio-produtividade e que está empenhada em chegar a um entendimento.

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