esperança

Mariana encontra um doador de medula compatível

Garota de 10 anos, diagnosticada com leucemia, está em tratamento do Boldrini; transplante ainda não tem data

Francisco Lima Neto
27/10/2020 às 10:36.
Atualizado em 27/03/2022 às 19:24
            (Divulgação)

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A família da Mariana Tambasco Piccolo, de apenas 10 anos, já tem motivo para comemorar. Depois de fazer campanha para encontrar um doador de medula óssea, o objetivo foi alcançado: uma pessoa 100% compatível com Mariana foi localizada. "A gente está muito feliz, é uma bênção muito grande. Um verdadeiro milagre. A gente não tem como agradecer", comemora a professora Adriana Tambasco Piccolo, mãe da menina, diagnosticada com Leucemia Linfóide Aguda (LLA). A família não tem qualquer informação a respeito do doador. "Informaram apenas que é um doador nacional. A mobilização fez toda a diferença. Muita gente me falou que foi até o Hemocentro, muita gente desconhecida entrando em contato e dizendo que fez o cadastro, uma coisa linda essa solidariedade", diz. Contudo, a luta ainda não terminou para a criança e a família, já que a menina está internada no Hospital Boldrini há 20 dias. "Nos primeiros cincos dias ela fez um bloco de quimioterapia duas vezes por dia. Mas ainda não teve alta porque a quimioterapia é muito pesada. Ela ficou debilitada, perdeu peso e a imunidade está muito baixa. Ela não deixa fazer foto, não fala com ninguém por videochamada", conta Adriana, sobre a insegurança da menina com relação à aparência. Por conta disso, ainda não há previsão de quando o transplante deve acontecer e nem em qual cidade. "O médico disse que ela precisa estar bem, a doença precisa estar controlada para que o transplante possa ser feito. A luta continua. Pode ser que ela precise de mais quimioterapia ainda. Mas a gente tem muita fé. Se esse milagre já aconteceu (encontrar um doador), que era um obstáculo grande, temos que confiar na graça completa", diz esperançosa. "A Mari tava pra baixo, bem desanimada, mas agora ela está muito, muito feliz. Está mais animada. Essa notícia deu uma esperança para ela", conta. Assim que a menina melhorar e tiver alta, o médico que a acompanha vai fazer todos os exames e procedimentos para viabilizar o transplante, que por enquanto, segue sem previsão para ocorrer. "Temos de orar muito e continuar a campanha de cadastro de doadores para que outras pessoas também sejam beneficiadas. Tem muita gente, muita criança precisando, aguardando", ressalta. SAIBA MAIS Em 2017, quando tinha apenas 7 anos, a pequena Mari foi diagnosticada com Leucemia Linfóide Aguda (LLA). Rapidamente, o tratamento foi iniciado. "Foram oito meses de tratamento intenso com quimioterapia. Depois dois anos fazendo manutenção, que é uma quimioterapia mais leve, de forma oral e injetável", explica a mãe da menina, Adriana Tambasco Piccolo. O tratamento terminou no último mês de junho, quando foi realizado um exame, que detectou que a doença estava em remissão. "Mas um pouco antes da consulta de agosto, ela começou a ter dor nos ossos da perna e também nas costelas ao respirar. "A doença dela voltou muito rápido, então, o médico explicou que precisaria de transplante de medula óssea porque só a quimioterapia já não resolveria", diz. Devido à urgência do transplante, a família iniciou uma campanha para encontrar um doador compatível. De acordo com o Ministério da Saúde, a chance de encontrar um doador compatível é de 1 a cada 100 mil.

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