Campineiros mantêm humor nas filas gigantes formadas em várias regiões
Entregador de jornais, Leonardo Bonfim, leva tanque do fusca à fila (Leandro Ferreira/AAN)
A busca por gasolina foi uma verdadeira aventura para o campineiro nos últimos dois dias. A cidade amanheceu ontem com um cenário incomum, em decorrência da falta e expectativa da chegada de combustível. Teve até motorista que preferiu levar o tanque do veículo para o posto. Quem se arriscou a sair de casa, viu filas de carros formadas em quarteirões que tinham postos. Isso, independentemente do estabelecimento estar aberto ou não. Teve até quem preferiu levou o tanque do veículo. O sócio-proprietário do Posta Rafa, na Ponte Preta, Rodrigo Rosado, de 42 anos, comentou que tinha recebido a última carga no domingo, mas que a mesma foi esgotada rapidamente no abastecimento de viaturas policiais e ambulâncias. Na esperança de abastecer o carro pela manhã, Nilo Figueiredo Santos, vigilante de 64 anos, deixou o carro dormindo na rua próximo ao posto, porque estava sem gasolina alguma. “Fui para minha casa ontem a noite a pé. Moro no Jardim Nova Europa. Levei uns 50 minutos. Voltei hoje cedo e estou aqui com dois galões”, comentou. Na Avenida Princesa d'Oeste, um estabelecimento as filas contornaram o Guarani Futebol Clube logo nas primeiras horas da manhã mesmo sem a confirmação do horário que chegaria o carregamento de combustível. No decorrer do dia, com o noticiário na TV e na internet de que mais de 200 caminhões carregados de combustíveis conseguiram deixar a Replan, as filas de carros se multiplicaram pelos postos no período da tarde. O entregador de jornais Leonardo Bonfim, de 40 anos, roubou a cena ao improvisar e levar o tanque de seu fusca, ao invés de galões. “O carro não veio aqui para fila, mas o tanque sim, senão eu não trabalho. Preciso encher o tanque de qualquer jeito. Vai ficar pesado andar com 40 litros na mão, mas não tenho saída”, afirmou o entregador de jornais.