LARGO DO ROSÁRIO

Manifestantes protestam contra o racismo

O movimento foi organizado por meio das redes sociais e os participantes utilizaram máscaras durante o protesto

Daniel de Camargo
07/06/2020 às 17:59.
Atualizado em 29/03/2022 às 10:05

Aproximadamente 200 pessoas, segundo estimativa da Guarda Municipal de Campinas, se reuniram na tarde deste domingo (07), entre as 15h e 16h30, no Largo do Rosário, no Centro, para protestar contra o racismo, a violência policial e o fascismo. Organizado por meio das redes sociais pela Rede de Combate ao Genocídio da População Negra em Campinas, os participantes atenderam a solicitação dos líderes do movimento e, devido a pandemia da Covid-19, utilizaram máscaras, se higienizaram frequentemente com álcool em gel e mantiveram boa distância entre eles. A Prefeitura de Campinas informou, em nota, que agentes da mobilidade urbana da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) também acompanharam o ato e que a dispersão dos manifestantes ocorreu, antes das 17h, sem problemas ou sanções. A Polícia Militar também acompanhou o protesto.Em março, o Executivo conseguiu liminar concedida pelo juiz Luís Mario Mori Domingues, da 2ªVara da Fazenda Pública, proibindo manifestações até o fim da quarentena. Na última quinta-feira (04), o prefeito Jonas Donizette (PSB), disse que quem descumprir o veto às aglomerações poderá ser multado em R$ 10 mil. Uma série de manifestações estão sendo realizadas em cidades de todo o mundo desde 25 de maio, quando George Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu nos Estados Unidos, depois de ter o pescoço pressionado pelo joelho de um então policial de Minneapolis, por mais de oito minutos. O policial que atentou contra o ex-segurança foi preso e irá responder por homicídio em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima). Outros três que participaram da abordagem foram detidos e acusados criminalmente for favorecer o homicídio. Ato foi organizado no Facebook Por volta das 14h30, no evento criado no Facebook, havia 2 mil pessoas confirmadas e outras 3,9 mil interessadas em participar do ato no Rosário. “Vamos para às ruas em defesa do direito à vida do povo preto. Não podemos nos calar diante do genocídio cada vez mais escancarado neste País. Vamos combater o racismo”, escreveram os organizadores no convite. Por causa da pandemia, pediram, entre outros, que os integrantes do grupo de risco que quisessem apoiar a manifestação permanecessem em suas casas. Na publicação, pediam a saída do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), do vice, general Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB), do ministro da Economia, Paulo Guedes, do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, e justiça ao adolescente Jordy Moura Silva. O jovem, de apenas 15 anos, foi assassinado por um guarda municipal de Campinas, no dia 5 de abril. Na ocasião, participava de um ‘rolezinho’ de motos com um grupo de amigos em uma obra de prolongamento do Anel Viário Magalhães Teixeira, no bairro Reforma Agrária, região da extinta Fazenda Bradesco.Debate acontece neste domingo A Frente Democrática de Campinas promove ato virtual a partir das 17h. O objetivo é debater a crise do coronavírus no País, as medidas que estão sendo implementadas em Campinas para combater a pandemia; a luta contra o racismo, fascismo e como defender a democracia e o emprego, em meio à crise sanitária e econômica. A transmissão será ao vivo, por meio do Facebook. Na programação, está prevista para as 18h, o discurso de lideranças do movimento negro.

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