Manifestantes cobram asfalto em ato

Cerca de 100 moradores do Núcleo Residencial Vila Vitória protestaram em frente à Prefeitura de Campinas na tarde de ontem cobrando maior agilidade nas obras de pavimentação do bairro. Com apitos, cornetas, e aos gritos de “Queremos Asfalto”, os manifestantes da região do Ouro Verde chegaram a bloquear o tráfego de veículos na Avenida Anchieta no início do ato, por volta das 15h30, formando grande congestionamento. Pouco depois, guardas municipais e agentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) conseguiram controlar o trânsito. O grupo se dispersou depois das 17h. “Queremos o nosso asfalto, só isso. O Jonas (Donizette, prefeito) já foi ao nosso bairro em 2015, fez o contrato das obras e um aditamento de mais 18 meses. Só que já se passaram 10 meses e nem 20% das obras estão concluídas”, reclamou o sindicalista Fábio Nunes dos Santos. A situação precária do asfalto — ou falta dele — em algumas ruas no Núcleo Residencial Vila Vitória, como Costa do Marfim, Etiópia, Namíbia, Moçambique, já foi tema de recente reportagem do jornal Correio Popular, publicada no fim de novembro. A reportagem havia destacado a preocupação de moradores nos dias de chuva, quando os carros ficam presos na garagem devido à grande quantidade de lama e os buracos que se formam no bairro. Alguns moradores, inclusive, chegam a jogar terra, pedras e até sacos de areias nas vias esburacadas para tentar amenizar as crateras e facilitar o acesso de carros e motos na região. “Tem décadas que está assim e ninguém faz nada. Sempre tem um carro da Prefeitura aqui, mas eles apenas jogam terra no chão para fazer de conta que resolveram o problema”, comentou vigilante Antônio Aparecido. “Eles fazem isso, só que depois chove. Qual que é o resultado? Tudo isso aqui vira um lamaçal e desce rua abaixo. Quem mora no começo das ruas passa um apuro que só por Deus”, completou. Outro lado Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que a obra de asfalto do Vila Vitória, no valor de aproximadamente R$ 12 milhões, está em andamento, embora durante um período o ritmo tenha diminuído por questões financeiras. A previsão é que 32 ruas sejam pavimentadas. A Prefeitura destacou que o bairro já recebeu cerca de 70% das obras de drenagem, que são as instalações de galerias pluviais, essenciais para escoamento de água da chuva. Essa fase é executada antes da aplicação da massa asfáltica. Cerca de 25% do total da obra foi executado. A previsão de conclusão é até setembro de 2019, finaliza a nota.