Amigos e familiares do jovem morto protestaram ontem em frente ao bar
Amigos e familiares se reuniram na noite de ontem, em frente ao Boteco Velho Casarão, na região central de Campinas, para a protestar contra a morte do operador de telemarketing, Andrew Silva Jaroczinski, de 19 anos, e cobrar a prisão preventiva do suspeito que tirou sua vida, na madrugada do último domingo com um facada no peito. O jovem foi agredido e esfaqueado na Rua José Paulino, após uma briga em frente ao bar. Na quarta-feira, a Polícia Civil identificou o autor do crime, Osmar Poris da Silva, de 37 anos, que é irmão de um dos sócios do estabelecimento, Márcio, e trabalhava no local como garçom. O delegado Hamilton Caviola Filho disse que a investigação chegou a ele após os depoimentos e a verficação das câmeras de segurança instaladas no local do crime. Caviola Filho descartou totalmente o argumento de legítima defesa. O delegado destacou ainda que o jovem não estava envolvido no estopim que motivou a briga em frente ao bar. “O Andrew não estava envolvido. A mancha de ketchup teria sido provocado pelo garçom, num típico acidente de trabalho. É uma banalidade total". Apesar das evidências, Caviola Filho optou por não pedir a prisão preventiva do suspeito, sob alegação de que o inquérito ainda não foi concluído. Osmar sequer se apresentou à polícia para depor. Segundo o delegado, ele deverá prestar depoimento só na próxima semana. A decisão revoltou amigos e parentes da vítima, que durante o ato, levantaram cartazes e proferiram palavras de ordem pedindo Justiça. Camisetas brancas, decoradas com o nome e uma foto da vítima, foram usadas no protesto com a frase: “Andrew Silva: seu brilho nunca se apagará”. Emocionado, o pai do jovem definiu como covarde a ação contra Andrew e a mãe desabafou. “A Justiça não está sendo feita. Por que ainda querem ouvir outras pessoas, sendo que o assassino está à solta e pode fugir a qualquer momento?”, disse emocionada Aparecida de Fátima Silva.