A mobilização que tomou conta de várias cidades do País chega nesta quinta-feira (20) a Campinas e muda a rotina de milhares de campineiros.
Nas redes sociais, mais de 67 mil pessoas confirmaram presença no protesto marcado para as 17h no Largo do Rosário, região central da cidade.
Por precaução, o comércio no Centro deve fechar as portas mais cedo, escolas suspenderão as aulas antes do horário, o efetivo de policiais militares e guardas municipais será reforçado e o horário de pico para o transporte público será antecipado.
Segundo lideranças do movimento, o protesto deve ir além da tarifa de ônibus, uma vez que o prefeito Jonas Donizette (PSB) se antecipou ao protesto e anunciou nesta quarta-feira (19) a redução da passagem de R$ 3,30 para R$ 3,00.
As medidas para garantir a segurança da população e a participação dos trabalhadores que quiserem aderir ao movimento foram acertadas durante reunião entre entidades representativas do comércio, da segurança e órgãos municipais, estaduais e federais, que estimam a participação de cerca de 10 mil pessoas.
A orientação das entidades representativas do comércio é para que os lojistas ou prestadores de serviços instalados na região central liberem os colaboradores no máximo às 16h, já que a concentração deve começar por volta das 15h.
Para aqueles que estão em outras regiões da cidade a orientação é que liberem seus funcionários antes desse horário a fim de garantir que todos tenham tempo hábil para tomar o transporte até sua casa, antes da manifestação.
Orientação
“A ideia é garantir o direito de ir e vir do cidadão. Por isso, recomendamos que os comerciantes encerrem as atividades no máximo às 16h, que coloquem uma faixa branca em apoio ao protesto e, principalmente, que evitem deixar lixo ou qualquer tipo de material de fácil incineração nas portas”, disse Adriana Flosi, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic).
Segundo ela, as medidas são apenas de precaução e a manifestação devem trazer ganhos à cidade. “Esperamos que os manifestantes de Campinas deem exemplo de cidadania e respeitem os patrimônios, tanto público quanto privado, para que a manifestação seja realmente legítima”, ressaltou Adriana.
O expediente nas repartições públicas municipais está mantido, inclusive no Paço Municipal. O secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, entretanto, admite que estuda a possibilidade de encerrar as atividades meia hora mais cedo. “A gente acredita que a manifestação será pacífica, mas não sabemos que caráter tomará”, afirmou.
O secretário de Segurança Pública, Luiz Augusto Baggio, informou que a Guarda Municipal (GM) terá o efetivo reforçado para garantir a segurança no entorno dos patrimônios públicos, como o Paço Municipal, a Câmara dos Vereadores e os terminais de ônibus. “Os guardas estão preparados para agir de forma a garantir a segurança dos prédios, assim como dos manifestantes. Entretanto, a recomendação é de que as pessoas que não forem participar das manifestações devem evitar a região central”.
O capitão da Polícia Militar (PM) Jaime de Souza disse que o efetivo será triplicado em relação ao já reforçado quadro que participa do Natal Seguro, mas não informou o número de policiais. “Vamos reforçar o efetivo e garantir a segurança dos manifestantes. A PM vai agir como age nos jogos de futebol. Esperamos que a manifestação seja realmente pacífica para que não seja necessário usar nem gás (lacrimogêneo). Já conversamos com alguns líderes dos movimentos e a intenção é de que o protesto ocorra sem tumultos e depredações, dentro da legalidade”, disse.