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Mandic participa do Barco da Saúde

Idealizado por alunos e professores da Faculdade São Leopoldo Mandic de Campinas, o projeto Barco da Saúde pretende atender mais de 2,5 mil pessoas

Gilson Rei
18/07/2019 às 11:23.
Atualizado em 30/03/2022 às 22:44

Uma equipe de Campinas formada por 47 médicos, dentistas e acadêmicos das áreas de pediatria, ginecologia, oftalmologia, dermatologia e odontologia vai seguir, entre 27 de julho e 5 de agosto, com o projeto Barco da Saúde para atender a população ribeirinha da região de Santarém, no Pará. Idealizado por alunos e professores da Faculdade São Leopoldo Mandic de Campinas, o projeto Barco da Saúde pretende atender mais de 2,5 mil pessoas nesta viagem à região Amazônica, que já é a terceira do grupo nos últimos três anos. Ao chegar na Amazônia, a equipe vai embarcar em um barco-hospital para navegar durante nove dias pelos rios do Pará. O barco oferece estrutura de atendimento composta por quatro consultórios médicos, um consultório odontológico e salas individuais para pequenos procedimentos, como o de coleta de exames, curativos, de observação e suporte básico de vida. Os demais atendimentos serão feitos em escolas e locais disponibilizados nas comunidades. Além dos atendimentos, também serão realizadas palestras e ações coletivas de educação, abordando temas como saúde bucal, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e abuso de droga. Uma novidade será a distribuição de sementes junto à população ribeirinha, como hortaliças e frutíferas, para o plantio. A ação é idealizada pelos alunos José Anibale Junior e Jhenifer Moura Franca, do curso de Medicina de Campinas, e vai reunir uma equipe de 47 pessoas entre médicos, dentistas, professores, enfermeiros e protéticos que vão oferecer atendimento médico e odontológico. Os integrantes do Barco da Saúde farão também doações de óculos e próteses dentárias — conta com o apoio da farmacêutica EMS nas doações de medicamentos. “A meta é diminuir as distâncias, dar atenção e levar acesso para essas pessoas que vivem nessa região. O projeto não é de mão única, pois temos a oportunidade de vivenciar uma troca muito grande. Quem participa também traz muito para sua experiência profissional e pessoal”, afirmou Jhenifer. Segundo Jhenifer, a cada viagem no Barco da Saúde, há um ganho como ser humano e, com isso, um ganho profissional, pois novas experiências surgem e todos recebem das pessoas situações diferentes de atendimento. “Um exemplo foi a experiência vivida na primeira edição, quando chegamos a um local alagado, de difícil acesso. Fizemos um atendimento com todos em pé em um galpão improvisado. As pessoas vinham de barco. No final do dia, um senhor estava muito emocionado por ter recebido o atendimento após muito tempo sem esse tipo de ação. Ele era o cacique da aldeia e demonstrou um amor verdadeiro ao próximo que tocou todos da expedição”, comentou Jhenifer. A equipe tem a meta de superar o atendimento de 2,5 mil pessoas, realizado no ano passado. Na primeira edição foram 1 mil atendimentos e o esforço dos médicos é sempre para ampliar o trabalho a cada ano. Em 2018, a comunidade atendida recebeu uma tonelada e meia de doações de materiais. Neste ano, a expectativa do grupo é ultrapassar esse número. As crianças, adolescentes, adultos e idosos que vivem às margens dos rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas não dispõem de equipamentos médicos, hospitais e clínicas.

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