habitação

Mandela protesta em frente da casa de Jonas

Grupo esteve no condomínio do prefeito, que aponta uso político eleitoral do caso

Da Agência Anhanguera
14/08/2020 às 09:34.
Atualizado em 28/03/2022 às 18:26
Moradores da Ocupação Mandela realizaram protesto contra a reintegração de posse (Divulgação)

Moradores da Ocupação Mandela realizaram protesto contra a reintegração de posse (Divulgação)

Moradores da Ocupação Nelson Mandela, no Jardim Nossa Senhora Aparecida, em Campinas, fizeram ontem uma nova manifestação de protesto, em que pedem a suspensão da reintegração de posse da área, prevista para o final deste mês. Desta vez, os moradores estiveram no condomínio onde mora o prefeito Jonas Donizette (PSB), logo no início da manhã. O grupo chegou à entrada principal do condomínio por volta das 7h30 e permaneceu lá por cerca de duas horas. Eles não conseguiram falar com o prefeito. “Nós não conseguimos nem saber se ele saiu por aqui ou por outro lugar. Na verdade, nem sabemos se ele está em casa, mas viemos aqui para dar um aviso: ele não vai ter sossego enquanto não resolver o problema”, disse Irineu Ramos, um dos advogados do grupo. Segundo Ramos, há um acordo firmado com a Prefeitura segundo o qual, a Administração se comprometeu a encontrar uma área para onde o grupo pudesse ser transferido. “Esse acordo foi feito com a Prefeitura e é a Prefeitura que tem de resolver isso”, afirma o advogado. Antes de ir ao condomínio onde Jonas mora, os manifestantes já haviam feito protestos em frente da Prefeitura em três outras oportunidades. “Nossa ideia é fazer protestos diários, até que o Poder Público faça alguma coisa. Nós só não estamos fazendo marchas para evitar aglomerações. Não fosse isso, iríamos todos os dias fazer passeatas até a Prefeitura”, finalizou o advogado. Além de protestos, o grupo também já encaminhou documento ao Ministério Público em que pede a intervenção da Justiça. O movimento tem apoio e 15 líderes religiosos de diversas denominações, que apoiam o movimento para evitar que ocorra o despejo de 108 famílias da ocupação durante a pandemia. Em resposta às primeiras manifestações, a Prefeitura chegou a informar que não haverá reintegração de posse por conta da pandemia e que “não procede” a promessa de construção habitacional para eles. A Prefeitura divulgou, ontem, nota na qual lamenta “a exploração política em ano eleitoral de episódio que merece ser tratado com seriedade’ e continua “Lembrando que a reintegração foi pedida pelo proprietário da área, a Justiça já decidiu que auxílio-moradia só pode ser concedido a famílias que estejam na ocupação desde o seu início.”

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por