incêndio na ems

Mais de 5 milhões de litros de água

Ao menos 5,2 milhões de litros de água foram usados nos quatro dias de combate ao incêndio que destruiu o almoxarifado da empresa farmacêutica EMS

Alenita Ramirez
26/10/2018 às 07:31.
Atualizado em 06/04/2022 às 00:57

Ao menos 5,2 milhões de litros de água foram usados nos quatro dias de combate ao incêndio que destruiu o almoxarifado da empresa farmacêutica EMS, em Hortolândia. Segundo o major Paulo Monteiro Filho, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Campinas, esse foi o maior volume de água já usado no controle de fogo e em operação de rescaldo na região — operação que levou oito horas. “Houve uma integração de esforços que ajudou muito. Foi a soma de esforços entre Defesa Civil, empresas da região e Prefeitura de Hortolândia que garantiu o volume de água necessário”, disse o major. O Corpo de Bombeiros encerrou o trabalho na noite da última terça-feira, mas no dia seguinte ainda havia equipes estavam no local para dar um apoio final. De acordo com o major, o maior problema foi suportar o intenso calor. “Era muito calor, a ponto de derrubar o telhado. As labaredas eram altas e havia muita fumaça por causa da queima de plástico, papel e produtos e matérias-primas usados na fabricação dos medicamentos”. As labaredas alcançaram cerca de 10 metros de altura, e a coluna de fumaça era visível a mais de 15 quilômetros. “A fumaça era tóxica, mas ela permaneceu a uma grande altura e a direção do vento nos favoreceu. Ela se espalhou e não atingiu os moradores do entorno”, disse. O combate ao fogo no primeiro dia envolveu mais de 100 profissionais, que receberam apoio das empresas da região de Campinas. Desde a quarta-feira, a brigada de incêndio da própria EMS assumiu o trabalho de rescaldo. Como será preciso derrubar a parede do galpão para retirar máquinas, a empresa vai vasculhar o entulho e retirá-lo. A fábrica tem 65 mil m² de construção, sendo que 15 mil foram atingidos pelo fogo. O incêndio começou por volta das 11h30 do sábado. A suspeita é de que o fogo teve início na câmara fria, mas só o laudo da Polícia Técnico-Científica, que ainda não foi realizado, poderá apontar a com certeza a causa. A grande quantidade de fumaça preta e a fuligem que atingiu casas vizinhas à EMS preocuparam os moradores. Eles foram evacuados no sábado por precaução. São ao menos 78 pessoas que foram levadas para um hotel. Doze imóveis ainda estão interditados, mas não há danos estruturais. As famílias aguardam liberação dos órgãos competentes para poderem retornar. Em nota, a EMS informou que a Defesa Civil faria uma vistoria final nas casas anteontem, mas ela foi adiada por conta das chuvas - o processo deve prosseguir assim que o tempo melhorar. Serão avaliados eventuais danos materiais e a limpeza das casas será bancada pela EMS. Após isso, o retorno será liberado.

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