NA NOITE FRIA

Mãe de bebê encontrado em lixeira está desaparecida

Um menino de 4 meses, enrolado em um cobertor, foi deixado em uma lixeira do bairro Morada do Sol e está sob a guarda do Conselho Tutelar; a avó materna aguarda decisão da Justiça para pegar o bebê

Do Correio.com
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21/05/2015 às 10:51.
Atualizado em 23/04/2022 às 13:01
Bebê foi encontrado em lixeira e resgatado por policiais militares de Campinas (Divulgação)

Bebê foi encontrado em lixeira e resgatado por policiais militares de Campinas (Divulgação)

Um menino de apenas 4 meses foi encontrado em uma lixeira da Rua José Carlos Wolfando, no bairro Morada do Sol, em Indaiatuba, na manhã desta quinta-feira, 21. Ele foi resgatado por uma moradora, que ouviu o choro da criança por volta da 1h. A mãe, Camila Adriana Pereira de Sousa, de 34 anos, está desaparecida e a polícia acredita que ela pode ter sido vítima de um crime. Familiares disseram à polícia que a mulher saiu de casa na quarta-feira à tarde levando o bebê e disse que ia apanhar um recibo para levar ao emprego nesta quinta e não apareceu. Após ter notícias pela TV de que um bebê havia sido encontrado em uma lixeira, a família de Camila entrou em contato com a delegacia, reconheceu a criança e fez o Boletim de Ocorrência de desaparecimento. O bebê está sob a guarda da Conselho Tutelar.Camila também é mãe de um menino de 16 e de uma menina de 6 anos. Ela mora com a mãe no bairro CDHU San Martin, em Campinas. A avó e a irmã de Camila relataram à polícia que ela não tem envolvimento com drogas e também desconhecem qualquer desavença. O pai do bebê e da garota de seis anos, com quem Camila mantém um relacionamento, cumpre pena por roubo, no Centro de Progressão Penitenciária Professor Ataliba Nogueira. A família também não acredita que ele tenha qualquer relação com o abandono do garoto. Disseram que o casal tem um bom relacionamento e que ele inclusive teria passado o Dia das Mães com a mulher e os filhos em casa. Foto: Arquivo pessoal Camila Adriana Pereira de Sousa, de 34 anos, está desaparecida desde quarta-feira Camila é funcionária de uma empresa de call center, no Tancredão, em Campinas, e segundo a mãe e a irmã saiu por volta das 18 h de quarta-feira dizendo que pegaria um recibo para levar à empresa a fim de receber o auxílio-creche do garoto. Ela estava em licença maternidade e retornaria ao trabalho. Mãe e irmã de Camila também disseram que nunca tiveram nenhuma relação com Indaiatuba e não sabem como a criança foi parar lá. A família está desesperada atrás de notícias da moça e neste momento aguarda decisão do juiz para pegar o bebê, que continua no hospital sob a guarda do Conselho Tutelar. "A minha irmã em hipótese alguma abandonaria o filho dela numa lixeira. Não sei o paradeiro, mas dou minha vida pela minha irmã que ela jamais abandonaria o filho" , afirmou a irmã, Luciana Maria Pereira de Sousa. "Não sei o que aconteceu com a vida da minha filha. Não sei se ela está viva, se está machucada. Quero que tragam a minha filha viva" , implorou a mãe, a aposentada Maria do Carmo Pereira.O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Indaiatuba. A delegada responsável Fernanda Montemor Hetem afirma que nenhuma hipótese está descartada, entretanto, acredita que pelo fato de Camila ter residência fixa, estar empregada, ela possa ter sido vítima de algum crime."Pode ter sido abandono de incapaz, como foi registrado num primeiro momento, ou que a mãe tenha sido vítima de algum crime. A gente ainda não tem como afirmar" , disse. A delegada afirmou que já solicitou à Gurda Municipal imagens do sistema de monitoramento por câmera nas proximidades da região da lixeira e que vai entrar em contato com as pessoas que conhecem Camila. "Vamos ver se havia alguma briga, ou desafeto" . Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Camila deve entrar em contato com a delegacia, por meio do telefone (19) 3834-2770 ou 3834-8995. AbandonoPor volta da 0h30 desta quinta, uma mulher ouviu choros. Ela foi até a rua para verificar e encontrou o bebê enrolado em um cobertor na lixeira da sua casa. A decoradora, de 46 anos, recolheu a criança e acionou a Polícia Militar. Segundo os policiais, o menino estava gelado. O bebê foi encaminhado para o hospital Augusto de Oliveira Camargo (AOC) e passa bem. Segundo a polícia, o menino tinha a aparência de ser bem cuidado e usava um body de manga curta e estava deitado sobre uma cobertinha. "Ele estava geladinho e chorava muito. Quando me olhou abriu um sorriso lindo", contou N.M.F.S., que tinha a intenção de pedir a guarda na Justiça, caso os pais não fossem localizados. "Foi Deus quem o trouxe até minha casa. Já era tarde. Quem o deixou queria que ele fosse achado. A luz estava acessa e eu estava no quintal", acrescentou.

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