Agentes da Vigilância Sanitária fiscalizam estabelecimentos comerciais no Jardim Nova Europa (Divulgação/ )
Sete estabelecimentos foram autuados por descumprimento das regras sanitárias e um local foi interditado parcialmente no Jardim Nova Europa ontem em Campinas durante a fiscalização conjunta "Todos Contra a covid-19", realizada por órgãos da Prefeitura. A ação teve início às 9h e foi concluída por volta do meio-dia.
O estabelecimento lacrado parcialmente comercializa doces e produtos de festa, porém só pode vender alimentos, com restrições de público na loja. Por isto, a área de alimentação foi isolada, interditando os demais departamentos com outros produtos.
Uma pastelaria que permitia consumo de alimentos no local também foi autuada, pois é possível apenas aos compradores a retirada do alimentos para consumo. Caso o local volte a desrespeitar será lacrado e multado. Alguns estabelecimentos estavam sem os avisos de proibição de consumo e de venda apenas via delivery. Estes lugares foram orientados a colocar os cartazes.
Ao todo, as equipes realizaram 31 orientações e os técnicos da Defesa Civil entregaram 1.050 máscaras a pessoas que circulavam na região do Jardim Nova Europa, principalmente na avenida Baden Pawell, onde há espaço para caminhada e ciclovia.
Priscilla Brandão Bacci Pegoraro, enfermeira e articuladora da Saúde no Comitê Municipal de Contingência, explicou que o bairro foi escolhido porque desde o início da pandemia, o bairro acumula 1.917 casos de covid-19. Priscilla revelou também que a região foi alvo de denúncias de aglomerações e desrespeito às regras de isolamento.
Dados da Prefeitura revelam que nos últimos 20 dias ocorreram 15 denúncias sobre infrações na localidade. Nesse bairro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), moram 11.549 pessoas em 3.850 domicílios e há 1.320 estabelecimentos comerciais.
Comércio esvazia.
Neste primeiro dia de restrições mais severas em Campinas, o comércio na região central apresentou um movimento bem abaixo do verificado em dias normais, visto em tempos sem pandemia. Somente as lojas que vendem alimentos e as drogarias estavam abertas, com restrições na venda.
Poucas pessoas circularam pelo calçadão da 13 de Maio. Luciene Rodrigues Alves, porteira, disse que só estava passando pelo local porque voltava para sua casa depois de um dia de trabalho. "Acho que é importante ter estas medidas. Só assim para conter as mortes nos hospitais", disse.
Josué Welber, promotor de vendas, disse que foi ao Centro apenas para resolver problemas ocorridos em seu computador. "Sem computador não posso trabalhar em home. Acho que tem que restringir a circulação de pessoas e dar vacina para todos o mais rápido possível. Tem também que melhorar o transporte para evitar aglomeração", afirmou.