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Loira propõe PDV às vésperas das eleições

O prefeito interino de Paulínia, Antonio Miguel Ferrari, o Loira (DC), propôs um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para os servidores públicos

Francisco Lima Neto
26/07/2019 às 07:48.
Atualizado em 30/03/2022 às 22:10

O prefeito interino de Paulínia, Antonio Miguel Ferrari, o Loira (DC), propôs um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para os servidores públicos. O objetivo, segundo ele, é diminuir os custos da Prefeitura. A proposta acontece às vésperas de uma eleição suplementar, marcada para o mês de setembro. A proposta já foi protocolada e, para entrar em vigor, precisa ser aprovada pela Câmara. Loira diz que o objetivo é economia de recursos. "O salário em Paulínia não é barato não. Todo mundo sabe que Paulínia é uma das prefeituras que mais pagam. O plano é para diminuir os custos da Prefeitura. O prefeito tem que ser gestor e cortar custos.” Questionado sobre as finanças do Município e quanto pretende economizar com a medida, Loira não soube precisar. "Peguei a cidade arrebentada. Não tenho número ainda. Não posso falar em número. O que a gente vai falar de política? Política é complicada. Em seis meses eu fiz um trabalho na cidade. A cidade tá limpa, resolvi o projeto da ponte do Atibaia, arrumei o projeto da ponte da Rhodia, a Saúde tava um caos", argumentou. O prefeito também não conseguiu explicar em quem o PDV vai focar, se serão os aposentados que continuam na ativa ou nos demais servidores. Também não fez uma previsão de adesão. "É de modo geral. Para todos. Não tem como saber quanto vai economizar. Se forem 10 (a aderir) tem um número (de economia). Se for 50, é outro número", diz. O projeto, que segue em tramitação, traz como justificativa a necessidade de melhor alocacação dos recursos humanos e equilíbrio das contas públicas. A despesa estimada para o programa é de R$ 15.311 milhões e foi elaborada com base nos aposentados. O valor corresponde a apenas 1,14% do orçamento deste ano, previsto em R$ 1,5 bilhão. "A base de cálculo para o impacto financeiro do Programa de Desligamento Voluntário (PDV) foi pelo número de aposentados que se encontram em atividade. Utilizou-se destes dados, pois contemplam com maior tempo de serviço e também maiores salários", explica o projeto. Quem aderir ao PDV receberá indenização de uma remuneração mensal por ano efetivamente trabalhado, limitada a R$ 50 mil. Perguntado se esse é o momento ideal para essa medida, já que a cidade terá eleições no dia 1º de setembro, Loira diz que não está fazendo política. "Não tô fazendo política. Tô fazendo o que é certo. Eu acho que o gestor tem que olhar para o município e não política. Tem que fazer benfeitoria para o município e agradar a população. Senão, a cidade não vai decolar nunca", afirma. Eleição Os eleitores de Paulínia voltarão às urnas no dia 1º de setembro. Na última segunda-feira, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) aprovou em sessão plenária a Resolução 474/2019, que fixa a data e estabelece instruções para a realização da eleição suplementar para os cargos de prefeito e vice-prefeito. Mesmo antes de a data ser definida, cerca de 20 nomes já figuram como pré-candidatos. O município tem 74.394 eleitores e orçamento estimado em R$ 1,5 bilhão para 2019. De acordo com o TRE, a eleição suplementar vai ocorrer no dia 1º de setembro e as candidaturas devem ser registradas até o dia 2 de agosto. A propaganda eleitoral será permitida já no dia seguinte ao registro, dia 3. A diplomação dos eleitos será realizada até 4 de outubro.

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