OBRAS EMERGENCIAIS

Locais atingidos por chuvas em Campinas serão recuperados em 1 ano

Previsão para conclusão dos trabalhos é da Secretaria de Serviços Públicos de Campinas

Bianca Velloso/ [email protected]
30/05/2023 às 08:37.
Atualizado em 30/05/2023 às 08:40
Obra no córrego Serafim, na Avenida Orosimbo Maia, tem previsão de término na semana que vem; na sequência equipe seguirá para Jardim Campos Elíseos (Kamá Ribeiro)

Obra no córrego Serafim, na Avenida Orosimbo Maia, tem previsão de término na semana que vem; na sequência equipe seguirá para Jardim Campos Elíseos (Kamá Ribeiro)

As obras emergenciais para recuperação dos locais atingidos pelas chuvas de janeiro deste ano em Campinas envolvendo muros de gabião nas encostas de córregos, manutenção dos parques e recuperação de pontes devem estar concluídas em 12 meses. A reconstrução das encostas é o serviço mais demorado. O secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, disse que o tempo estimado para conclusão das obras dos 19 pontos danificados dos canais de macrodrenagem é de um ano. A reabertura de todos os 25 parques da cidade não tem previsão, porque a continuidade das ações de manutenção depende de autorização do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão estadual. Já as pontes devem ficar prontas em no máximo seis meses.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos) anunciou que serão seis pontes reconstruídas, afetadas pelas chuvas do início do ano. Cinco estão sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura (Bortolo Martins, CAM-268, Ferdinando Turquetti, Herbert de Souza e Chácaras Belvedere) e uma está com a Secretaria de Serviços Públicos (Marco Grigol, em Barão Geraldo). Todas as obras já foram iniciadas. Estão sendo realizados serviços como a recuperação estrutural, reconstrução de proteção lateral das cabeceiras, limpeza e estabilização das margens, obras de contenção, reforço de fundação e troca do guarda-corpo. As obras na ponte da rua Marco Grigol, que liga a Estrada da Rhodia ao bairro Chácara Santa Margarida, no distrito de Barão Geraldo, foram iniciadas na segunda-feira (29) e devem estar concluídas em três meses.

“A construção deve-se ao fato de que no último verão, em dezembro, as fortes chuvas levaram a ponte ali existente. A nova ponte será construída com aduelas, peças de concreto armado, por onde passará todo o curso de água. É uma macrodrenagem importante naquela bacia hidrográfica. É uma ligação entre a Estrada da Rhodia, e os bairros Chácara Santa Margarida, Cidade Universitária e o bairro do Guará. A obra vai beneficiar cerca de 5 mil moradores daquela região", explica Paulella. A passagem será construída com aduelas de três metros por três metros. Serão usadas 24 peças, que serão cobertas com pavimento asfáltico. Essa ponte tem custo estimado em R$ 1,2 milhão e as outras cinco, coordenadas pela Secretaria de Infraestrutura, tem o orçamento de R$ 13,4 milhões.

Por outro lado, as obras de reconstrução dos muros dos córregos, que consiste na estruturação de gabiões (gaiolas de pedras), têm tempo de conclusão estimado em 12 meses, segundo o secretário de Serviços Públicos. Os gabiões são estruturas de contenção nas encostas que evitam erosões e deslizamentos nos canais de macrodrenagem. São sete frentes de trabalho, por isso, sete dos 19 pontos já tiveram os trabalhos iniciados. O secretário disse que na medida que forem finalizadas as obras, outras serão iniciadas. Até agora foram completados 330 metros de construção dos 2.795 metros planejados. A previsão de custos gira em torno de R$ 13 milhões.

A obra no córrego Serafim, na Avenida Orosimbo Maia, tem previsão de término na semana que vem. A equipe seguirá para a Avenida Tancredo Neves e Rua João Batista Alves da Silva Telles, no Jardim Campos Elíseos. Os muros de contenção em córregos serão construídos, ou reformados, estão no Cambuí; Jardim Campos Elíseos; Jardim Novo Campos Elíseos; Jardim Boa Esperança; Parque Brasília; Jardim Santa Marcelina; Jardim Nova Campinas; Núcleo Residencial Itatiaia; Jardim Itatiaia; Jardim Santa Lúcia; Jardim Bela Vista; Mansões Santo Antônio; DIC 1; Jardim Leonor; Vila Marieta; Parque Itajaí; Jardim Boa Esperança, Guanabara, Chácara da Barra.

Por fim, os parques não têm uma estimativa clara para conclusão de todos os trabalhos. Ao todo foram reabertos 16 e nove permanecem fechados desde o dia 24 de janeiro, em função das fortes chuvas que atingiram a cidade e derrubraram duas árvores, uma na Lagoa do Taquaral e outra no Bosque dos Jequitibás. A liberação de todos esses espaços de lazer depende da realização do manejo de árvores, determinado por análises e estudos. Paulella disse que dois parques estão próximos de terem os portões reabertos para a população, o Bosque Augusto Ruschi, no Distrito Industrial de Campinas (DIC) 1 e o Bosque dos Alemães (Praça João Lech Júnior), no Jardim Guanabara. Além disso, o secretário falou sobre outros dois locais. “A Predreira do Chapadão tem previsão de abertura no dia 3 de junho. Já o Bosque dos Jequitibás depende de liberação do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico)”.

Essa autorização do Condephaat, órgão estadual, é necessária porque a área do bosque é tombada como patrimônio cultural e histórico. Além desse conselho, o plano de manejo passou pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), que aprovou a intervenção no dia 23 de março. A previsão do parecer estadual é somente após 30 de junho. Caso positivo, os trabalhos serão iniciados.

PARQUES ABERTOS

  • Bosque dos Italianos (Praça Samuel Wainer), Guanabara;
  • Parque dos Guarantãs;
  • Bosque São José (Praça Samuel Wainer), Vila Lemos;
  • Lago do Café, no Parque Taquaral;
  • Parque dos Guarantãs;
  • Lagoa do Taquaral (Parque Portugal), no bairro Parque Taquaral;
  • Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, na Vila Brandina;
  • Lagoa do Jambeiro (Praça José Ferreira de Toledo), no Parque Jambeiro;
  • Parque Ecológico Benevenutto Tilli, no Jardim São Domingos;
  • Praça da Juventude Alessandro Monare, no DIC 5;
  • Parque Linear do Capivari (Parque Linear José Mingone), no Jardim Capivari;
  • Bosque Ferdinando Tilli, no Parque Valença;
  • Bosque dos Cambarás, no DIC 5;
  • Parque Dom Bosco, no Vida Nova;
  • Bosque da Mata, no Parque São Jorge;
  • Bosque Santa Bárbara, no Parque Santa Bárbara;
  • Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão, Cidade Universitária, Barão Geraldo

PARQUES FECHADOS

  • Bosque dos Jequitibás, no bairro Bosque;
  • Bosque Ythzak Rabin, no Jardim Madalena;
  • Bosque Chico Mendes, no Parque São Quirino;
  • Bosque Augusto Ruschi, no DIC 1;
  • Bosque dos Alemães (Praça João Lech Júnior), no Guanabara;
  • Parques das Águas, no Parque Jambeiro;
  • Parque Luciano Valle, na Vila União;
  • Pedreira do Chapadão (Praça Ulysses Guimarães), no Jardim Chapadão;
  • Bosque dos Artistas, no Swift.
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