RIO ATIBAINHA

Limpeza de calha deve melhorar escoamento

Operação permitirá maior fluidez para o Sistema Cantareira

Maria Teresa Costa
23/06/2019 às 09:15.
Atualizado em 30/03/2022 às 20:27

A partir de julho será desencadeada operação para a limpeza da calha do Rio Atibainha, que junto com o Rio Cachoeirinha, forma o Rio Atibaia, responsável pelo abastecimento de 95% de Campinas. A tarefa vai custar R$ 749,9 mil, e permitirá que a água do Sistema Cantareira chegue mais rápida às torneiras da região de Campinas. A limpeza ocorrerá em 27 quilômetros do rio, com a remoção de herbáceas, troncos e galhos caídos e desassoreamento de vários pontos do manancial. A última limpeza feita nesse rio foi em 2007. Naquela época, segundo o coordenador da Câmara Temática de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella, a velocidade de escoamento da água do Cantareira ficou quase 30% mais rápida. “Ao longo de uma década, a ocupação do solo na região mudou de forma significativa. Mas nossa expectativa é que os mesmos objetivos sejam conquistados”, afirmou. A limpeza da calha ocorrerá do ponto inicial à vazão da barragem, em Nazaré Paulista, até o encontro com o Rio Cachoeirinha. A Agência das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e a empresa Serg Paulista Construções e Serviços Técnicos Ltda assinaram contrato para a limpeza da calha. O trabalho atende demanda da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ. “O objetivo da limpeza da calha do manancial é melhorar a condição de fluxo do Atibainha de forma a tornar mais eficiente as descargas de vazão do Sistema Cantareira e, desta forma, evitar o desperdício”, explicou a diretora-técnica da Agência das Bacias PCJ, Patrícia Barufaldi. Segundo a coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ e gestora do contrato, Elaine Franco de Campos, a limpeza é uma forma de evitar que em períodos de estiagem haja necessidade de liberar mais água do que o necessário e, assim, manter a água armazenada no reservatório do Cantareira. O contrato assinado, informou a Agência PCJ, não permite o uso de produtos químicos durante a ação. Ele prevê a retirada da vegetação, além da destinação adequada do que for retirado do espaço. Os troncos devem ser triturados e a roçagem será feita de forma manual. Ao longo do trajeto, a equipe fará uso de roçadeiras e motosserras à gasolina. “Quinzenalmente devemos enviar à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) um relatório sobre todo o material retirado e qual foi a destinação”, informou Elaine.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por