Pessoas que atuam na Av. Andrade Neves e Rua Benjamin Constant gritam a falam palavrões
Flanelinhas perturbam os moradores das proximidades da Avenida Andrade Neves com a Rua Benjamin Constant ( Rodrigo Zanotto/Especial para AAN)
Em uma das avenidas mais movimentadas de Campinas, a Andrade Neves, limpadores de carros que atuam nos semáforos estão incomodando moradores do cruzamento com a Avenida Benjamin Constant. O motivo da reclamação é o barulho que essas pessoas têm provocado no local. Segundo os vizinhos, os limpadores "adotaram" a região e além de ganharem umas moedas no sinal, dormem nas calçadas e atrapalham a rotina diária de quem mora e trabalha na região. A Prefeitura informou que a Secretaria de Cidadania possui um trabalho permanente com a população de rua na cidade. "Durante o dia inteiro, principalmente aos sábados, domingos e feriados, dias em que o barulho natural do cruzamento das avenidas é menor, não existe mais sossego, já que os flanelinhas praticamente se alojaram neste local" , disse uma moradora, que não quis ser identificada. Irritação "O barulho é irritante. Sem contar que no início de todas as noites tem um rapaz que grita absurdamente no local, sempre com o mesmo discurso pedindo pelo amor de Deus, dizendo que só tem a roupa do corpo, para arrecadar dinheiro no semáforo. Detalhe: todo dia é o mesmo discurso e aos berros", contou. Ela já protocolou quatro reclamações na Prefeitura, e duas na Ouvidoria, mas o problema não foi resolvido, disse. "É um empurra-empurra danado. O cenário do Centro nesta região é de abandono", reclamou. Outro morador da região, que se identificou apenas por Roberto, contou que por diversas vezes moradores acionam a polícia. "Essa esquina é complicada. Ficam gritando, falando nome feito. A polícia vem e eles saem, mas voltam logo depois." Prefeitura De acordo com Kátia Silva, da coordenadoria de proteção à população em situação de rua de Campinas, ligada à Secretaria de Cidadania, existe um trabalho de abordagem à população de rua, que acontece em todas as regiões da cidade e segue um itinerário, além das demandas da população. "Realizamos com essas pessoas um trabalho de convencimento à adesão de proposta de tratamento de saúde, de serviço de convivência ou abrigamento. Na Andrade Neves, o que sabemos, é que o pessoal do rodinho vem de Hortolândia, não pernoita na rua, não é um pessoal fixo", disse. Como a decisão de sair da rua depende de cada pessoa, é possível que a abordagem da equipe seja feita diversas vezes até que o assistido queira deixar as ruas por vontade própria. Ela afirmou que para o cruzamento indicado não há muita solicitação, mas que o serviço de abordagem realiza ações no local. Ela lembrou que o trabalho é feito de segunda a sexta-feira, sempre das 8h às 22h. Qualquer pessoa pode ligar para o Serviço de Orientação Social (SOS Rua) no telefone 3253-4512 (das 8h às 18h) ou fazer solicitação pelo 156.