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Licitação do Centro de Convivência é adiada

Prefeitura adia, pela terceira vez este ano, a abertura do certame, que deveria ocorrer na segunda

Maria Teresa Costa
13/04/2019 às 11:01.
Atualizado em 04/04/2022 às 09:50

A Prefeitura suspendeu ontem, pela terceira vez este ano, a licitação para a reforma do Centro de Convivência Cultural, que seria aberta na segunda-feira. Não foi marcada nova data para a abertura do certame. A suspensão, segundo a Comissão de Licitação, ocorreu a pedido da Secretaria de Infraestrutura, para poder responder aos questionamentos técnicos feitos por interessados na obra. Segundo a Prefeitura, ainda não é possível estimar se o valor da reforma terá alteração. Houve suspensão da licitação em janeiro e mudança no edital em março, que alterou o custo da obra para R$ 41,4 milhões, R$ 413,6 mil a mais do previsto no edital do início do ano. A mudança no valor ocorreu, segundo o governo, em função de questionamentos feitos por empresas interessadas e que levaram a reavaliar e a fazer ajuste no projeto, com ampliação de serviços. A Prefeitura já respondeu 18 questionamentos sobre itens da concorrência e nesta semana chegaram mais três, que precisam ser respondidos antes da abertura da licitação. Segundo a Secretaria de Infraestrutura, dois são relacionados a itens de planilhas e um sobre informações adicionais do projeto. De acordo com a Prefeitura, a suspensão ocorreu para não haver risco de impugnação do certame. O Convivência está fechado desde 2011 devido à precariedade do prédio. Quem vencer a licitação terá dois anos de prazo para entregar a reforma concluída. Os recursos para a obra virão do governo do Estado e da Prefeitura. O recurso estadual é parte da verba que estava destinada à construção do Teatro de Ópera Carlos Gomes, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim. Há muita obra a ser feita no edifício projetado pelo arquiteto Fábio Penteado. Há fios expostos, ligações de energia clandestinas, goteiras, muita umidade no chão e nas paredes devido à infiltração no local, e até esgoto a céu aberto. Do lado de fora, os problemas também são visíveis. Os pilares localizados próximos à entrada onde funcionava o setor administrativo da Orquestra Sinfônica possuem rachaduras e o chão já cedeu. Na primeira fase ocorrerão os serviços preliminares, como demolições, tratamento de fissuras e rachaduras no concreto, tratamento de juntas, impermeabilização e recuperação da laje de concreto, drenagem, ampliação do palco, vedações, manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, dos revestimentos, impermeabilização da arquitetura e instalação de elevadores de carga e social. Na segunda fase, ocorrerá a instalação do sistema de climatização, exaustão e ar-condicionado, acústica, cenotecnia, áudio e vídeo, automação, luminotécnica e limpeza geral. O projeto de reforma inclui adequação de usos, acessos e circulações e preserva o projeto original de Fábio Penteado. As salas de máquinas de todos os sistemas de apoio do Centro Cultural serão mantidas e readequadas com novos equipamentos. Os sistemas existentes de troca e condicionamento do ar, infraestrutura elétrica, iluminação e segurança contra incêndios, deverão ser completamente removidos para substituição. As aberturas secundárias entre os Blocos B (bar/café) e T (onde estão o teatro, camarins, sanitários, administração da Orquestra, sala de ensaio) serão reativadas para facilitar o acesso do público ao teatro e complementar as rotas de fuga. Será feita nova impermeabilização da cobertura e substituição da laje de forro. O palco existente, que não é original, será removido, liberando espaço da galeria para o anel de circulação geral do complexo. Um novo palco menor será construído para pequenas apresentações. O mezanino do bar deverá ser reativado para uso público e poderá ser utilizado pelo próprio café ou para eventos do tipo exposições e instalações artísticas e pequenos workshops.

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