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Leitos continuam exclusivos à Covid

Presidente do complexo de Saúde descarta, por enquanto, agendamentos de cirurgias eletivas

Gilson Rei
31/07/2020 às 07:53.
Atualizado em 28/03/2022 às 20:23
Atendimentos a casos da pandemia (Carlos Bassan/PMC)

Atendimentos a casos da pandemia (Carlos Bassan/PMC)

As cirurgias eletivas não serão realizadas pelos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde, que vão concentrar os esforços no atendimento médico de casos de Covid-19. A rede municipal vai manter os 340 leitos de internação exclusiva para a Covid-19, sendo 243 de internação e 97 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) somente para as pessoas positivadas pela doença.  Os dois hospitais vão continuar realizando também as cirurgias de emergência causadas por acidentes de trânsito; crimes com arma branca e faca; e acidentes domésticos - procedimentos de politraumatismo que não foram interrompidos mesmo neste período de pandemia. Ao todo, 15 leitos de UTI serão mantidos apenas para os casos de urgência de politraumatismo. O presidente da rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, explicou ontem que as cirurgias eletivas deverão começar a ser aplicadas a partir de hoje, de forma gradual, em hospitais particulares e no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas Unicamp). "Decidimos manter o foco no coronavírus na rede Mário Gatti porque o combate à doença continua. Em Campinas, mesmo em uma situação de estabilidade, os registros de coronavírus não diminuíram. A demanda se mantém elevada nos hospitais e temos que manter a atenção na Covid-19" , afirmou. O município chegou a 701 mortes causadas pela Covid-19, com mais 19 óbitos confirmados ontem. Campinas chegou a 17.805 casos confirmados da doença, um aumento de 840 casos em apenas um dia. Pimenta ressaltou que mesmo sem atender as cirurgias eletivas neste momento, a rede Mario Gatti, poderá voltar a realizar este procedimento quando houver redução nos índices de contágio por Covid-19. "Atualmente, a rede está com 340 leitos sendo utilizados exclusivamente para a Covid-19. Mesmo assim, são realizadas 450 cirurgias por mês de casos de urgência, causados por politraumatismo" , comentou. Na última quarta-feira, o secretário de Saúde, Carmino de Souza, disse que a pressão na ocupação dos leitos diminuiu, mas alertou que o vírus continua circulando e que os casos estão no mesmo patamar. "O decreto do prefeito Jonas retira a vedação, mas isso não quer dizer que todas as cirurgias eletivas serão feitas a partir de amanhã. Vamos fazer isso com muita parcimônia.”, explicou. Campinas contava ontem com 414 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular. Deste total, 327 estavam ocupados, correspondendo a 78,99%. Havia 87 leitos livres nas duas redes.

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